Blog UJS Ceará

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Datafolha: Luizianne sobe 5 pontos e lidera disputa em Fortaleza  

A segunda pesquisa Datafolha/O POVO sobre a disputa eleitoral em Fortaleza mostra a candidata do PT, Luizianne Lins (PT) com 35% das intenções de voto. Ela cresceu cinco pontos na comparação com a pesquisa realizada nos dias 29 e 30 de julho. Moroni Torgan (DEM) teve ligeira oscilação, de 30% para 29%. Considerando a margem de erro máxima de três pontos percentuais, para mais ou para menos, ainda há empate técnico entre a petista e o candidato do DEM.

Patrícia Saboya (PDT) caiu três pontos e aparece com 19%. Ela tinha 22% na pesquisa anterior. Renato Roseno (PSol) manteve os 2% de intenções de voto. Adahil Barreto (PR) permanece com 1%. Aguiar Jr. (PTC), Carlinhos (PCB), Fernandes Filho (PSDC), Luiz Gastão (PPS) e pastor Neto (PSC) não alcançaram 1%. Silvio Frota (PAN) não foi citado por nenhum dos eleitores. Brancos e nulos somam 6%. Eleitores que não sabem em quem votar somam 7%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 23 de agosto e ouviu 814 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O número de registro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) é 82961/2008, autos 406.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, os três candidatos mais bem colocados cresceram: Luizianne passou de 16% para 22%, Moroni foi de 11% para 18% e Patrícia cresceu de 8% para 11%. Renato Roseno (PSol), que não aparecia na última pesquisa espontânea, chegou a 1%. Adahil Barreto (PR), Aguiar Jr. (PTC), Carlinhos (PCB), Fernandes Filho (PSDC), Luiz Gastão (PPS), pastor Neto (PSC) e Silvio Frota (PAN) não chegaram a 1%. Brancos e nulos somam 4%. O índice de indecisos na espontânea, que era de 56%, caiu para 39%.

Rejeição

Moroni, com 31%, e Luizianne, com 29%, são os candidatos com maior rejeição. O percentual de eleitores que diz não votar, em hipótese alguma, na candidata do PT caiu quatro pontos - estava em 33% no fim de julho. Já a rejeição de Moroni cresceu três pontos e chegou a 31%. Patrícia ainda tem a menor rejeição, mas o percentual cresceu de 15% para 20%.

Segundo turno

Em todas as simulações de 2º turno, há empate técnico entre os candidatos que estão nas três primeiras posições na eleição em Fortaleza. No confronto entre os dois líderes, Luizianne Lins (PT) teria hoje 47%, contra 44% de Moroni Torgan (DEM), como a margem de erro é de três pontos percentuais, os dois estariam tecnicamente empatados. Em caso de confronto entre Luizianne e Patrícia Saboya (PDT), a petista teria 46%, contra 45% da pedetista.

Cenário também de empate técnico. Já na hipótese de 2º turno entre Moroni e Patrícia, ela teria 45%, contra 43% do candidato do DEM. Nesta segunda-feira, no O POVO, confira para onde iriam os votos de Luizianne, Moroni e Patrícia, na hipótese de cada um deles ficar fora do 2º turno.

Fonte: Jornal O Povo

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Aluno de baixa renda ganha espaço nas universidades  

De 2004 a 2006, o total de estudantes com renda de até 3 salários mínimos subiu 49%

Em matéria publicada nesta segunda-feira (18), o Jornal Folha de S. Paulo, apresentou pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) que apontou aumento no número de estudantes com renda familiar de até 3 salários mínimos no ensino superior. Segundo o estudo, subiu para 49% o percentual de jovens nas universidades em 2006 quando comparado a 2004.

A pesquisa atribui ao ProUni, o aumento de vagas, além do alargamento da classe média, a participação de alunos de baixa renda no ensino superior do Brasil.


De 2004 a 2006, a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) registrou um aumento de 49% na proporção de universitários com renda familiar mensal de até três salários mínimos -de 10,1% para 15,1%, segundo dados tabulados pelo pesquisador Simon Schwartzman, do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade).

Na população em geral, a proporção de pessoas com essa faixa de renda subiu apenas 8%.

Embora tenha ganhado mais espaço, esse segmento ainda está subrepresentado no ensino superior, já que, em 2006, o total de brasileiros com renda de até três salários mínimos era muito maior -55,2%.

Considerando a baixa base de comparação, especialistas apontam que o ProUni tem impacto significativo no movimento de ingresso de alunos mais pobres no ensino superior: em 2006, entraram 360 mil alunos de baixa renda a mais do que em 2004; o programa do governo federal, que começou em 2005, ofereceu 204 mil bolsas no período.

Para a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, "os estudantes do ProUni derrubaram os muros excludentes da universidade". A líder estudantil, porém, chama a atenção para a importância do programa ser ampliado e abranger também políticas de assistência estudantil. "Reconhecemos que é de suma importância a conquista da cadeira na universidade, mas não podemos fechar os olhos para o enorme contingente de estudantes que se vêem obrigados a abandonar a graduação por não poder arcar com os custos do transporte, material didático, alimentação e moradia. O próximo passo é pensar as políticas de permanência dos bolsistas do ProUni", convocou.

Lúcia afirmou que o movimento estudantil vai continuar lutando para garantir que o governo cumpra as reivindicações. "Vamos nos organizar dentro de cada universidade e fazer as mobilizações que forem necessárias para que elas sejam implementadas", disse ela, destacando que a UNE pretende lutar também para que "as bolsas do ProUni sejam oferecidas em instituições com qualidade referenciada e que respeitem o processo democrático".

Regina Vinhaes, da UnB (Universidade de Brasília) acrescenta que, nos últimos dez anos, a oferta de vagas no ensino superior mais do que quadruplicou, puxada principalmente pela rede particular.

Ryon Braga, da Hoper Consultoria, aponta ainda a ampliação do financiamento educacional e a queda dos preços cobrados por instituições privadas como explicações. Estudo feito por ele mostra que, em 1996, o valor médio da mensalidade era de R$ 840, em valores corrigidos. Hoje, é de R$ 427.

A médio e a longo prazo, porém, a sustentabilidade desse movimento de abertura do ensino superior à população de baixa renda ainda é incerta.

"Uma dificuldade para a expansão é que o ensino médio não está formando gente suficiente, e o ProUni já tem dificuldade de encontrar candidatos", aponta Schwartzman. "Além disso, vai depender da capacidade das pessoas de pagarem, o que vai depender, também, da economia", afirma.

Desde 2000, o patamar de alunos que concluem o ensino médio está estacionado em cerca de 2 milhões. Já o ProUni tem alto índice de bolsas ociosas -39% na última seleção.

Responsável pelo programa, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota, argumenta que os jovens egressos do ensino médio são apenas parte do público que passou a entrar na universidade. "Mais de 40% dos ingressantes vêm do mundo do trabalho, já se formaram há muito tempo e não tiveram oportunidade na época", diz.

Limitações

Líder de uma associação que reúne bolsistas do ProUni, Adriana Ferreira, 42, é um exemplo tanto do quadro traçado pelo secretário como das limitações do programa.

Ex-assistente administrativa em Minas, ela entrou na universidade 22 anos após se formar no ensino médio. Separada, mãe de três filhos e com renda de um salário mínimo, ela diz que, sem o ProUni, não conseguiria se manter por três semestres no curso de letras.

Por problemas de saúde, porém, parou de trabalhar, ficou inadimplente e perdeu a sua bolsa, que era parcial. Adriana lamenta -"eu ia ser a primeira pessoa a ter nível superior na minha família"-, mas diz que só tentará voltar à universidade se conseguir um salário melhor. "Mesmo se eu tivesse bolsa integral, teria problemas para pagar a locomoção e a compra do material."

Fonte: Site Nacional da UJS

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Fidel comenta a Geórgia: Carne de canhão para o mercado  

O grande líder cubano Fidel Castro afirmou que o governo da Geórgia não teria lançado jamais suas forças armadas contra a capital da República Autônoma da Ossétia do Sul no amanhecer de 8 de agosto, em ação denominada como de restabelecimento da ordem constitucional, sem um acerto prévio com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Veja a íntegra da reflexão especial de Fidel para o site digital Cubadebate , intitulado Bucha de canhão para o mercado.

Talvez alguns governos desconheçam os dados concretos, por isso nos pareceu muito oportuna a mensagem de Raúl marcando a posição de Cuba. Discorrerei sobre aspectos que não podem se abordados numa declaração oficial precisa e breve.

O governo da Geórgia não teria lançado jamais suas forças armadas contra a capital da República Autônoma da Ossétia do Sul no amanhecer de 8 de agosto, em ação denominada como de restabelecimento da ordem constitucional, sem um acerto prévio com Bush. No passado mês de abril, em Bucareste, Bush comprometeu seu apoio ao presidente Saakashvili para a entrada da Geórgia na Otan, o que equivale a um punhal afiado que tentam fincar no coração da Rússia. Muitos Estados europeus que pertencem a essa organização militar se preocupam seriamente com a manipulação irresponsável do tema das nacionalidades, cheio de conflitos potenciais, que na própria Grã-Bretanha pode dar espaço à desintegração do Reino Unido. A Iugoslávia foi dissolvida por essa via; os esforços de Tito por evitá-lo foram inúteis após sua morte.

Que necessidade havia de se acender o barril de pólvora do Cáucaso? Quantas vezes irá o cântaro à água antes de se quebrar? A Rússia continua sendo uma poderosa potência nuclear. Possui milhares de armas desse tipo. Devo recordar que, por outro lado, a economia do Ocidente extraiu ilegalmente daquele país mais de US$ 500 bilhões. Se a Rússia não significa hoje o fantasma do comunismo; se já não apontam diretamente para alvos militares e estratégicos da Europa as mais de 400 plataformas nucleares que foram desmanteladas com o desaparecinebto da URSS, por que o empenho em cercá-la com um escudo nuclear? O velho continente também precisa de paz.

As tropas russas que se encontravam na Ossétia do Sul estavam deslocadas em uma missão de paz reconhecida internacionalmente. Não disparavam contra ninguém.

Por que a Geórgia escolheu o dia 8 de agosto, quando se inauguravam os Jogos Olímpicos de Pequim, para ocupar Tsjinvali, a capital da república autônoma? Nesse dia 4 bilhões de pessoas em todo o planeta presenciaram pela televisão o maravilhoso espetáculo com o qual a China inaugurou esses jogos. Só o povo dos Estados Unidos não pôde desfrutar nesse dia da transmissão direta e ao vivo da estimulante festa de amizade entre todos os povos do mundo que ali se encenou. O monopólio sobre os direitos de transmissão havia sido adquirido por um canal de televisão, por US$ 900 milhões, e ele desejava obter o máximo de benefício comercial por minuto de transmissão. As empresas competidoras ganharam destaque divulgando nessa hora as notícias da guerra no Cáucaso, que não eram exclusivas de ninguém. Os riscos de um conflito sério ameaçavam ao mundo.

Bush sim pôde desfrutar do espetáculo, como convidado oficial. Ainda no domingo (10), dois dias e meio depois, foi visto agitando bandeiras, fingindo ser caudilho da paz e preparado para se deleitar com as vitórias dos magníficos atletas norte-americanos, que seus olhos, acostumados a tudo desprezar, viam como símbolo do poder e da superioridade de seu império. Em seus momentos de lazer, ele manteve longas conversas com os funcionários públicos subordinados em Washington, ameaçava a Rússia e alentava os discursos, humilhantes para esse país, do representante dos EUA no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Alguns dos países que integravam o campo socialista ou eram parte da própria URSS hoje atuam como protetorados dos EUA. Seus governos, impulsionados por um ódio irresponsável contra a Rússia, como a Polônia e a República Tcheca, alinham-se em posições de apoio total a Bush e ao ataque surpresa contra a Ossétia do Sul por Saakashvili – um aventureiro de estranha história que, tendo nascido durante o socialismo em Tbilisi, capital de seu país, formou-se como advogado numa universidade de Kiev, realizou cursos de pós-graduação em Estrasburgo, Nova York e Washington. Exercia essa profissão em Nova York. Configura-se como um georgiano ocidentalizado, ambicioso e oportunista. Retornou ao seu país apoiado pelos ianques e pescou no rio agitado da desintegração da União Soviética. É eleito presidente da Geórgia em janeiro de 2004.

Depois dos EUA e da Grã-Bretanha, a Geórgia é o país que mais soldados tem na aventura bélica do Iraque, e não o faz precisamente por espírito internacionalista. Quando Cuba, ao longo de quase dois decênios, enviou centenas de milhares de combatentes para lutar pela independência e contra o colonialismo e o apartheid na África, não buscou nunca combustível, matérias primas nem mais-valia; eram voluntários. Assim se forjou o aço de nossos princípios. Que fazem no Iraque os soldados georgianos afora apoiar uma guerra que custou ao povo iraquiano centenas de milhares de vidas e milhões de danificados? Que ideais foram defender ali? É muito lógico que cidadãos da Ossétia do Sul não desejem ser enviados como soldados para combater no Iraque ou outros pontos do planeta ao serviço do imperialismo.

Saakashvili por sua própria conta jamais teria se lançado na aventura de enviar o exército georgiano para a Ossétia do Sul, onde se chocaria com as tropas russas ali instaladas como força de paz. Não se pode brincar com a guerra nuclear nem premiar o fornecimento de carne de canhão para o mercado.

Esta reflexão estava elaborada quando Bush falou, às 17h30, hora de Cuba. Nada desdiz o que aqui se analisa; só que a guerra midiática do governo dos EUA é hoje mais intensa ainda. É a mesma manobra préfabricada que não engana ninguém.
Os russos declararam com absoluta clareza que a retirada dos invasores parea seu ponto de partida é a única solução decorosa possível. Tomara que os Jogos Olímpicos possam continuar sem serem interrompidos por uma gravíssima crise. A partida de voleibol feminino [de Cuba] contra uma boa equipe dos EUA foi fenomenal, e o beisebol não começou ainda.

Fidel Castro Ruz
11 de agosto de 2008, 18h2.

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Sede da UNE e da UBES será reconstruída  

Na Praia do Flamengo, Rio de Janeiro, a frase do Presidente Lula ecoou até o terreno que terá por direito a reconstrução com ajuda financeira do Governo Federal

Às 14 horas desta terça-feira (12) na Praia do Flamengo, 132, aconteceu um Ato Político em que o Presidente Lula assinou Projeto de Lei que reconhece a responsabilidade do Estado brasileiro na demolição da sede das entidades estudantis. "Não vou procurar culpados, eu, como representante do Estado Brasileiro vou reparar o erro cometido contra a sede destes jovens em 1964", afirmou Lula.

A abertura se deu com o ex-presidente da UNE (61/62), Aldo Arantes que reafirmou a importância da Presença de Lula na sede como tendo um significado histórico e deixando registrada a marca da democracia do atual governo.

"Foi eu que trouxe o ex-presidente Jango até a sede das entidades, ele havia sido o único a pisar aqui. Lula reconhece a responsabilização do Estado e procura ajudar na reconstrução através do Projeto do Oscar Niemeyer", conta Aldo. Ele afirma também que a destruição da então chamada "Casa da Resistência Democrática", como era conhecida a sede antes de ser destruída, não abalou os idéias dos jovens estudantes e que essa chama permanece viva.

O ex-presidente da UNE também foi o responsável pelo UNEvolante que percorreu o Brasil com atividades culturais e levando consciência política. Aldo presenteou o Ministro Temporão e os familiares de Jango com um retrato do UNEvoltante e disse estar feliz pela iniciativa do lançamento da Caravana da UNE que tocará em três pilares básicos da formação da sociedade, saúde, educação e cultura em 41 universidades do país; totalizando 32 mil km e muitas horas de debates sobre os temas.

Depois o atual presidente da UBES, Ismael Cardoso , reforçou a satisfação da conquista da reparação do Estado brasileiro ao movimento estudantil, declarou que "só com a rebeldia conseqüente se constrói um Brasil soberano". Já a presidente da UNE, Lúcia Stumpf afirmou o simbolismo em torno do ato de Lula, pois foi naquele terreno que as lutas dos estudantes começaram.

Lúcia conta que o primeiro lugar a ser atacado e posteriormente incendiado em 1º de Abril de 1964, na gestão do ex-presidente da UNE José Serra, foi a sede das entidades e diz que isso aconteceu por lá ser o maior centro de resistência de onde partiam as irreverentes lutas contra os ideais vendidos pelos EUA.

"E em 1º de fevereiro de 2007, na gestão do ex-presidente da UNE, Gustavo Petta e do ex-presidente da UBES, Thiago Franco que nós retomamos a nossa sede. Hoje o Estado Brasileiro reconhece a responsabilidade pela demolição da sede e trata com justiça para que a juventude caminhe na construção de um Brasil justo e democrático", diz Lúcia.

A presidente da UNE afirma também que nesse local será o nascimento de artistas, assim como foi em diversos momentos do passado e que a Caravana da entidade ajudará na promoção de debates e no auxílio da construção das Políticas Públicas de Juventude. "É a UNE e a UBES celebrando a volta para casa".

Para o Ministro da Educação, Fernando Haddad , ex-presidente do Centro Acadêmico 11 de agosto do Largo São Francisco – USP, deve-se investir cada vez mais na expansão das Universidades Federais. "Quando foi lançado o programa de bolsas de estudos nas universidades públicas, em 2003, houve críticas da elite conservadora que afirmava que a presença de estudantes de baixa renda provocaria uma queda no desempenho e no nível das universidades. Os Estudantes somaram forças e fizeram aprovar o maior plano de expansão de vagas gratuitas do país", conta Haddad se referindo ao Prouni e também ao Reuni (Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais do país).

O Ministro da Educação citou grandes feitos como o aumento do piso dos professores, Fundeb, expansão das escolas técnicas e a vitória do Sistema S. "Tudo isso foi conquistado através da luta dos estudantes, hoje uma ferida se cicatriza e deveríamos citar todos os nomes que tombaram essa sede como heróis da resistência democrática", diz.

Para o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão , não existe conquistas democráticas sem a juventude irrequieta, consciente e que luta. "Esse ato é um divisor de águas e mostra o fortalecimento do movimento estudantil e dos brasileiros", afirma.

Temporão conta que foram seis meses de muito trabalho na construção da caravana que levará, em meio a tantos outros debates, a questão da defesa da saúde pública. "Isso no ano em que o Sistema Único de Saúde (SUS) completa vinte anos de existência. São muitos pontos importantes que devem ser debatidos com estes jovens, álcool e trânsito, cigarro, doenças sexualmente transmissíveis entre outras, o que significa que só teremos saúde pública de qualidade se levarmos o debate político junto".

O próximo ao expressar a alegria dessa conquista foi o Secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci . "Em toda a história a juventude estudantil esteve na vanguarda das revoluções. Foi assim no século dezenove, no apoio aos estudantes operários, na luta de Castro Alves e dos estudantes a favor da abolição da escravatura, na briga da neutralidade brasileira versus o nazi-facismo sendo que foram estes jovens estudantes que foram lutar contra a Alemanha durante a guerra, estiveram presentes também na criação da Petrobrás, nas reformas de base e nas Diretas Já. Em todos os grandes episódios da história há uma contribuição da juventude", afirma o Secretário.

Dulci cita a UNE como incentivadora da retomada do Projeto Rondon, em 2005 e que, juntamente com a UBES, articulou muito bem o projeto da reconstrução da sede. "São cerca de 400 parlamentares que devem estar de acordo com a reconstrução. Parabéns Presidente Lula pela iniciativa e este Projeto de Lei, que o presidente assina hoje e encaminha ao Congresso, foi revisado e articulado pela Caixa Econômica Federal, que analisou a viabilidade financeira. Tudo foi feito com transparência", conta.

O atual Governador de São Paulo, José Serra , foi presidente da entidade no ano em que ela foi incendiada e falou sobre ter sido o primeiro ataque no dia do golpe pela importância da atuação da juventude. Para o Governador o prédio foi vítima de um duplo ataque, o primeiro foi o incêndio e o segundo a demolição em 1979 que, de acordo com o Governador, foi executada somente para destruir um símbolo, somente por birra e que hoje se revigora com a reconstrução.

"Foi em cima da UNE que se concentrou o projeto da Petrobrás sob o mote 'O petróleo é nosso', e os jovens estavam com a razão quanto à criação da empresa; o papel da UNE também foi significativo nas décadas de 50 e 60 no processo da renovação da cultura e do movimento artístico no Brasil. Ter o prédio construído novamente é um símbolo e um incentivo à recuperação dos ideais", afirma Serra.

Depois foi a vez do Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral , falar sobre a importância deste marco histórico para o Estado. "A direção da UNE e da UBES foi feliz ao pensar na reconstrução do prédio, aliás o Presidente Lula sana com muita competência as dívidas com o Rio de Janeiro com relação ao investimento nas favelas e a educação", diz.

Para Cabral a retomada do terreno faz parte da agenda de resgates do Rio que para ele foi o Estado mais violentado no período da ditadura militar. "E foi com muito orgulho que no meu primeiro mês de governo ajudei, a pedido do então Presidente da UNE, Gustavo Petta, a botar para fora os exploradores do terreno que ganhavam dinheiro fazendo do espaço um estacionamento, além da importância das entidades na luta pela primeira lei de gratuidade nos metrôs, ônibus e trens para estudantes de escolas públicas".

Depois foi a vez de o Presidente Lula expressar seus sentimentos com relação à iniciativa de reconstrução da sede das entidades e, também de posicionar a visão do Estado Brasileiro nessa empreitada. "O Petta ajudou de forma extraordinária na aprovação do Prouni enquanto algumas pessoas que se diziam de esquerda foram contra o projeto e hoje as avaliações mostram que entre os melhores alunos estão os pobres da periferia, anteriormente acusados de nivelar a educação por baixo", afirma o Presidente.

De acordo com Lula o Prouni fez renascer a esperança dos jovens e disse saber e se solidariza com a Presidente da UNE, Lúcia Stumpf, por saber que com o apoio da UNE ao Reuni a entidade perdeu muitos DCE´s, além disso o Presidente criticou os que apostam no insucesso dos projetos do país.

Posteriormente o Presidente saudou a UBES e afirmou que nunca, nestes seis anos em que esta no governo, houve uma relação de cooptação. "Sempre foi uma relação civilizada e determinada para a construção de um projeto de nação, e é com muito orgulho que ao final do meu governo entregarei às entidades mais 214 Escolas Técnicas, mais 10 novas Universidades Federais, 48 especializações, uma Universidade latino-americana e uma Universidade afro-brasileira, além do reconhecimento dos trabalhos dos quilombolas", conta.

Voltando ao projeto de reconstrução da sede o Presidente Lula afirma que o Estado brasileiro é o culpado pelo que aconteceu à sede das entidades e diz que este Projeto de Lei vai entrar no Congresso e é importante a articulação das entidades para que ele seja aprovado. "O dinheiro já existe, mas para fazermos tudo da maneira correta não podemos entregar a verba diretamente".

Lula desafia os jovens a incentivar o debate para a revisão da Lei do Petróleo, afirma que com as descobertas das novas jazidas o Brasil não será somente exportador, mas também auto-suficiente e construirá refinarias para que a exportação seja do produto final e não da matéria prima. "Não podemos abrir mão, o petróleo é um patrimônio da União e é preciso destinar o dinheiro para resolver questões da educação, e para transformar o Brasil".

"Me sinto mais orgulhoso em ser brasileiro por estar ajudando a reparar a sede da UNE e da UBES, afirma o Presidente.

Presentes:

* Danilo Moreira – Presidente do Conselho Nacional de Juventude
* Luís Roberto Cury – Secretário Nacional de Juventude
* Aldo Arantes – Ex – Presidente da UNE (61/62)
* Ismael Cardoso – Presidente da UBES
* Lúcia Stumpf – Presidente da UNE
* Reginaldo Lopes – Deputado Federal
* Chico Lopes – Deputado Federal
* Inácio Arruda – Senador
* Ideli Salvatti – Senadora
* Paulo Duque - Senador
* José Serra – Governador do Estado de São Paulo
* Luiz Fernando Pezão – Vice-governador do Rio de Janeiro
* Edson Santos – Ministro da Igualdade Racial
* Wadson Ribeiro – Ex – Presidente da UNE e Ministro Interino dos Esportes
* Luis Inácio Lula da Silva – Presidente do Brasil
* Sérgio Cabral – Governador do Estado do Rio de Janeiro
* Fernando Haddad – Ministro da Educação
* José Gomes Temporão – Ministro da Saúde
* Luiz Carlos Dulci – Secretário Geral da Presidência da República
* Jean Marc Van der Weid - Ex – Presidente da UNE (69/70)
* Aldo Rebelo – Ex – Presidente da UNE (80/81)
* Wadson Ribeiro – Ex – Presidente da UNE (99/01)
* Gustavo Petta – Ex – Presidente da UNE (03/07)
* Marcelo Brito (Gavião) - Presidente da UJS











Fotos e texto,
Por Nadini Lopes.


Fonte: Site Nacional da UJS

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Divulgada pesquisa Datafolha  

Luizianne está à frente na pesquisa espontânea, mas para grande mídia o que importa é o empate com Moroni

O marxismo, mais do que uma ciência política e econômica, é uma lente através da qual se vê o mundo e a realidade à nossa volta de maneira crítica e objetiva. Mais uma vez pude atestar a pertinência dessa verdade ao me deparar com a notícia no Jornal O Povo sobre a pesquisa por eles encomendada ao Instituto Datafolha.


Toda a linha editorial do jornal no contexto das eleições 2008 fica clara quando se analisa de maneira mais atenta a forma como a matéria apresenta os dados. O fato de Luizianne estar à frente de Moroni 5 pontos percentuais na pesquisa espontânea só aparece no final do texto, além do título, legendas e gráficos buscarem ressaltar a idéia do empate.


Não pretendo aqui nem questionar a validade da pesquisa, cujos métodos são continuamente postos em cheque, mas apenas a manipulação das informações pelos grandes meios de comunicação.

Entretanto nem a imprensa a serviço das elites conservadoras e da direita de Fortaleza podem deter a vontade popular. Que venham as pesquisas! Luizianne será reeleita! O povo quer e Fortaleza precisa!

Leia aqui a notícia na íntegra no sítio do Jornal O Povo.

David Aragão,
Secretário de Comunicação da UJS Ceará.

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