Blog UJS Ceará

O blog de política da juventude cearense!

História do PCdoB no Ceará será tema da próxima edição das Quartas Vermelhas  

Nesta quarta-feira, dia 1º de abril, às 19hs, no Auditório César Uchôa (esquina da Senador Pompeu com Meton de Alencar, em frente à praça da Bandeira), acontecerá o debate "A História do PCdoB no Ceará", com o palestrante Abel Rodrigues.

Figura respeitada por todos os comunistas na capital e por militantes de todo o movimento social do Estado, Rodrigues, como é mais conhecido, participou da reconstrução do PCdoB aqui no Ceará ainda no período da clandestinidade, enviado para tal intento pelo Comitê Central do Partido. Na época ele era perseguido por suas atividades políticas enquanto presidente do Centro Acadêmico de Economia da UFMG. Rodrigues ainda hoje se dedica à estruturação do partido, como Secretário Estadual de Formação.

A atividade conta com o apoio da Secretaria de Comunicação do Municipal e dá prosseguimento a agenda das Quartas Vermelhas que semanalmente trazem a tona momentos de rica troca de idéias e formação para a militância comunista e amigos.

Fonte: Blog dos Movimentos Sociais

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Saiba tudo sobre o novo FIES  

Como funciona? (Inscrições começaram ontem)

O Fies financia até 100% do valor da parte da mensalidade devida pelo estudante à instituição de ensino. Enquanto cursa a faculdade, o beneficiado do financiamento se compromete a pagar, a cada três meses, o valor de no máximo R$ 50,00 (cinqüenta reais), que vai sendo abatido de seu saldo devedor.

A taxa de juros do Fies, a partir dos contratos firmados no segundo semestre de 2006, é de 3,5% ao ano fixa, para os cursos de licenciatura, pedagogia, normal superior e tecnológicos (segundo catálogo da Setec/MEC), e de 6,5% ao ano fixa, para os demais cursos.

Logo após a formatura, há um período de carência de seis meses antes do início do pagamento das prestações. A carência permite que o aluno possa recompor seu orçamento após a graduação. Durante esses seis meses, o aluno continua pagando apenas R$ 50,00 por trimestre.

Após o período de carência, o financiamento começa a ser amortizado. Nos doze primeiros meses a prestação será igual ao valor da última mensalidade. Terminado esse período, o saldo devedor é dividido em prestações iguais, pelo prazo de duas vezes o período de utilização do financiamento.

O que há de novo no Fies?

Em novembro de 2007 foi editada a Lei nº 11.552/2007, resultante de Projeto de Lei enviado pelo MEC ao Congresso Nacional. Principais mudanças:

• Aumento do percentual de financiamento para até 100% no caso dos bolsistas parciais de 50% do Prouni;

• Alongamento do prazo de pagamento para até duas vezes o tempo do financiamento;

• Criação da Fiança Solidária, uma alternativa para facilitar o ingresso no Fies;

• Criação de um prazo de carência de seis meses para o início do pagamento;

• Maior percentual de financiamento para os cursos com melhor avaliação pelo MEC e com maior empregabilidade;

• Aumento do percentual de financiamento de 50% para 75% no caso dos estudantes não bolsistas do Prouni;

• Possibilidade de que a universidade possa ser fiadora dos estudantes do Fies;

• Opção de desconto em folha de pagamento como garantia ou forma de pagamento do contrato;

• Extinção da dívida do Fies em caso de morte ou invalidez permanente do estudante financiado.

Quais são os critérios para se candidatar?

Podem se candidatar ao Fies os alunos regularmente matriculados em cursos superiores de graduação não gratuitos, oferecidos por instituições que tenham aderido ao processo seletivo, e que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação, conforme a Portaria Normativa MEC nº 02/2008. Não poderão se candidatar ao processo seletivo do Fies os alunos:

• cuja matrícula acadêmica esteja em situação de trancamento geral de disciplinas no semestre em vigor;

• que já tenham sido beneficiados pelo Fies;

• que sejam responsáveis por inadimplência junto ao Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC);

• beneficiários de bolsa integral do Prouni;

• beneficiários de bolsa parcial do Prouni, em curso/habilitação/turno diferente daquele vinculado à bolsa Prouni;

• cuja renda bruta total mensal familiar seja inferior ao valor da mensalidade do curso a ser financiado. Essa restrição não se aplica aos bolsistas parciais de 50% do Prouni e aos bolsistas complementares de 25%, pois esse grupo não passa por processo seletivo para obter o Fies - já tem assegurado o financiamento desde que observadas algumas condições.

Estudantes com menos de 18 anos de idade podem participar?

Sim. Para isso, deve estar acompanhado de pai, mãe ou representante legal quando for à agência da Caixa para assinatura do contrato.

Estudantes graduados podem participar?

Sim, desde que não sejam responsáveis por débitos com o Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC) e que já tenham obtido o Fies anteriormente. Cabe lembrar que o programa prioriza atendimento àqueles que não possuem curso de graduação completo.

Posso participar mesmo tendo restrições cadastrais?

Não. Para participar do Fies, segundo a legislação do programa, o estudante e seu(s) fiado(res) não podem ter restrições cadastrais. Entretanto, o deferimento da liminar em 26 de março de 2002, pelo Juiz do Tribunal Regional Federal da 1a Região/BR, referente à Ação Civil Pública nº 2002.38.02.000417-0, impetrada pelo Ministério Público de Uberaba, negado em primeira instância, e o objeto do Agravo de Instrumento nº 2002.01.00.010229-6/MG, determina que não seja exigida a idoneidade cadastral dos estudantes nos termos do art. 5º, inciso VI e parágrafo 4º, da Lei 10.260/01, para aditamento e contratação. Essa decisão tem abrangência nacional.

Como me inscrever?

O candidato deverá preencher a ficha de inscrição disponível na página eletrônica da Caixa Econômica Federal, durante o período de inscrições. Em seguida, deverá imprimir o respectivo protocolo em duas vias e entregá-lo à instituição de ensino superior em que estuda. A instituição de ensino superior precisa atestar a confirmação de inscrição na via do protocolo que será devolvida ao candidato.

As instituições que aderirem ao processo seletivo do Fies deverão viabilizar o acesso à internet para os estudantes que não o tenham. São consideradas válidas somente as inscrições confirmadas pelas instituições de ensino superior exclusivamente por meio do Sifes, disponível no endereço eletrônico do Fies, no sítio da Caixa Econômica Federal.

Quais são as etapas do financiamento?

Nos seis primeiros meses após a conclusão do curso, o ex-aluno tem um período de carência de pagamento, para que possa recompor seu financiamento. Durante a carência, paga-se ao Fies apenas os R$ 50,00 por trimestre, como pagamento de parte dos juros. Após a carência, o financiamento se divide em fases:

Fase I – Primeiro ano após o término da carência: o financiamento começa a ser amortizado. Nos 12 primeiros meses, o estudante passa a pagar ao Fies, mensalmente, o mesmo valor que já vinha pagando à faculdade enquanto estudava. Com isso, o ex-aluno pode gradualmente adaptar seu orçamento familiar ao início efetivo da amortização das prestações do Fies.

Fase II - Tempo restante para liquidação do financiamento. O saldo devedor apurado ao final da fase I é dividido em prestações iguais, por um prazo de até duas vezes o período de utilização do empréstimo. Segue um caso prático de um contrato Fies que seja assinado, por exemplo, no início de um curso que dure 4 anos. Nessa situação, financiamento duraria 13 anos e meio:

Duração do curso: 4 anos
Carência: 6 meses (sempre)
Fase I: 1 ano (sempre)
Fase II: até 8 anos (=4 anos de utilização x 2)
Total: 13,5 anos

Percebe-se, portanto, que é um financiamento de longo prazo. É recomendado aos interessados que façam simulações do financiamento antes de se candidatar ao Fies. Assim, terão condições de avaliar o valor e as condições de pagamento da dívida que estão contraindo. No Fies não existe correção monetária. O único encargo é a taxa de juros, que é pré-fixada.

É necessária garantia?

Sim. Existem duas formas de garantia: a fiança tradicional e a fiança solidária.

Fiança tradicional: Pode ser fiadora a pessoa física com mais de 18 anos de idade e com idoneidade cadastral. No caso do Fies para os estudantes regulares (não bolsistas), o fiador deve ter renda pessoal comprovada de, no mínimo, o dobro do valor total da mensalidade do curso a ser financiado. Já no financiamento de bolsistas parciais de 50% do Prouni ou de bolsistas complementares de 25%, a renda do fiador deve ser, no mínimo, igual ao valor total da mensalidade do curso a ser financiado.

Em ambos os casos, admite-se a indicação de mais de um fiador para compor a renda exigida, limitada ao máximo de dois por contrato. O pai ou a mãe do estudante poderão ser seu fiador, desde que atendidos os mesmos critérios exigidos para essa condição. Não poderão ser fiadores o cônjuge do candidato ou o aluno que conste como beneficiário do Fies ou do Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC), salvo nos casos de quitação dos financiamentos recebidos. Podem ser fiadoras, também, as mantenedoras das instituições de educação superior participantes do programa.

Fiança solidária: os candidatos ao financiamento que tiverem dificuldade para apresentação de fiadores que atendam aos critérios do programa têm como alternativa a utilização da fiança solidária. Eles podem se associar a outros estudantes e formar grupos de três a cinco fiadores solidários, todos matriculados na mesma universidade. Nesse caso, não há a necessidade de comprovação de renda. Na fiança solidária, os estudantes tornam-se fiadores entre si, responsabilizando-se reciprocamente pelo pagamento das prestações de todos os participantes do grupo.

Qualquer instituição pode participar?

Sim, no entanto a sua participação não é obrigatória. O credenciamento é formalizado por um termo de adesão, no qual a instituição indica quais cursos e campi estão ingressando no programa. Para consultar a relação das instituições de ensino cadastradas no Fies acesse sítio da Caixa Econômica Federal

Comissão Permanente de Seleção e Acompanhamento

O Fies exige de cada instituição de ensino superior credenciada a constituição de uma Comissão Permanente de Seleção e Acompanhamento formada por representantes da direção, dos professores e dos estudantes.

A comissão tem, entre outras atribuições, a de conferir e avaliar os documentos apresentados e as informações que são prestadas pelos estudantes e que interferem no cálculo do índice de classificação (IC).

Em caso de divergência nas informações prestadas pelo estudante, a comissão poderá rever o cálculo do IC. Uma vez mantida a classificação do candidato, a comissão pode, por decisão de todos os membros, manter a aprovação do candidato. Essa decisão deve ser registrada em ata, sendo anexados os documentos do processo seletivo e de comprovação das informações. O candidato que não conseguir comprovar as informações prestadas na ficha de inscrição é imediatamente reprovado.

Veja mais: Portal MEC

Fonte: Blog UJS Cruzeiro do Sul

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A luta antiimperialista na América Latina  

Por Flaviene Vasconcelos*

Uma das mais novas ameaças vindas do norte é a reativação da IV Frota estadunidense para patrulhar as águas da América Latina. Com o objetivo de intimidar o crescimento do embrião revolucionário que se instalou, sobretudo, na América do Sul e se posicionar estrategicamente diante a descoberta da maior reserva de petróleo em águas brasileiras, batizada de pré-sal, o fato é que se trata do maior arsenal bélico do planeta.

Muitos países questionaram a prepotência americana de tomar para si o papel de guardiã do continente, privilegiar os seus interesses econômicos e atropelar a soberania dos povos, no entanto, o que podemos ver é que nenhum dos pronunciamentos ecoou o suficiente para ser ouvido. Contabilizamos um sentimento de impotência, diante o tom demasiado arrogante adotado pelos EUA, quando ignoram os acordos internacionais dos conselhos da ONU – Organizações das Nações Unidas, em prol de seus objetivos.

Porém, essa não é a primeira demonstração de força que a história americana registra. Suas intervenções estão espalhadas pelo mundo e já deixaram marcas profundas em diferentes povos. Entre as vítimas do continente americano estão Guatemala, Chile, El Salvador, Nicarágua, Panamá e muitas outras. Os crimes variam entre a promoção de golpes contra governos democraticamente eleitos, assassinatos de lideranças revolucionárias, financiamento de armas e treinamento militar para grupos mercenários antipatriotas, além de muitos homicídios civis.

Trata-se da reafirmação do imperialismo respaldado pelo poder bélico, cujo desequilíbrio consta no fato de não existir outra potência que polarize o mundo, como vimos no passado com a URSS, no período da Guerra Fria. Obviamente, esta não é a saída que procuramos, no entanto, a bipolaridade mundial impôs limites aos passos largos que o capitalismo avançava.

A virada desse jogo passa, principalmente, pelo fortalecimento dos governos progressistas, sobretudo, da América Latina, onde durante anos os americanos depositaram seu lixo cultural, à custa da subjugação dos povos e de seu definhamento intelectual, condição indispensável para uma relação de dependência.

Essa realidade começou a mudar a partir de um posicionamento mais a esquerda dos países latinos, impulsionado pelo falecimento das propostas neoliberais, que prometiam prosperidade e só aprofundaram os níveis da violência, do desemprego e da miséria, sempre sobre os argumentos de uma falsa democracia. Somente países que extirparam suas mazelas sociais e garantiram direitos e oportunidades iguais para todos, têm assegurado um governo pautado nos pilares da democracia, do contrário, tudo não passa da ilusão perversa do capitalismo que tende a acomodar as massas fazendo concessões baratas e pouco consistentes.

A composição política Latino Americana, representada por Raul Castro em Cuba, Daniel Ortega na Nicarágua, Hugo Chaves na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, Fernando Lugo no Paraguai, Michelle Bachelet no Chile, Cristina Kirchner na Argentina, Tabaré Vázquez no Uruguai, Lula no Brasil e, recentemente, a vitória da Frente Farabundo Martí, com Maurício Funes em El Salvador, evidencia o acirramento ideológico no continente e torna o momento propício para a luta antiimperialista. Também não podemos desconsiderar o fato de que o novo presidente dos EUA, Barack Obama, é um jovem negro de origens muçulmanas, que pouco poderá alterar o caráter belicista evidenciado na gestão George Bush, porém, está imbuído de um simbolismo importante para percebermos certa tendência à mudança no comportamento do povo norte americano.

Todos os fatores citados, somados a uma crise econômica sem precedentes na história, caracteriza a fragilidade do capitalismo como sistema capaz de trazer as respostas para as questões políticas, econômicas e sociais que estão postas na contemporaneidade, favorecendo a intensificação da luta pelo socialismo.

Estamos à beira de uma eleição no Brasil e será um grande desafio garantir a continuidade do projeto iniciado com o governo Lula que, embora as contradições - devido à adoção de uma política econômica equivocada que restringe o poder de consumo dos trabalhadores -, recuperou a auto-estima e a soberania do povo brasileiro, através da elevação da qualidade de vida da população mais pobre e da reafirmação dos nossos valores enquanto nação.

Os comunistas se destacaram com uma atuação impecável nesse governo, assegurando os avanços e denunciando os entraves que impediam maiores conquistas para os não favorecidos pelo sistema vigente, evidenciando a luta de classes nos espaços de poder, no entanto, a correlação de forças nem sempre favorável impossibilitou que o governo Lula se aproximasse de um caminho rumo ao socialismo. É preciso garantir a vitória das forças progressistas em 2010 para que, levando em conta a atual conjuntura e a ousadia marxista-leninista, se crie as condições para recolocar a questão para o seu sucessor ou sucessora.

Abaixo o imperialismo e viva o Socialismo!

*Flaviene Vasconcelos é estudante de Ciências Sociais da UFC e militante do Cebrapaz - Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz.

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A História das Coisas (The story of Stuff)  

O vídeo a História das Coisas explica, de maneira simples e bem humorada, a cadeia de produção dos bens de consumo na sociedade atual. Através dele podemos entender cada passo da cadeia produtiva, extração, produção, distribuição, consumo e descarte. O pequeno documentário é sobre o sistema ianque de produção, mas pode servir de exemplo para entender a relação entre diversos problemas sociais e ambientais em qualquer parte do mundo capitalista.

Créditos:
The Story of Stuff - Sítio oficial do Vídeo.
A História das Coisas - Sítio responsável pela dublagem em português.

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Conferência de comunicação gera disputas  

Por Altamiro Borges*

A Conferência Nacional de Comunicação nem foi convocada oficialmente e já é alvo de ataques e sabotagens. Ela foi anunciada inesperadamente pelo presidente Lula no Fórum Social Mundial, em Belém, no final de janeiro, sendo motivo de comemoração para todos os que lutam contra a ditadura midiática no país. Na sequência, foram feitas varias reuniões em Brasília para definir o temário e a comissão organizadora, mas a decreto oficial de convocação ainda não foi publicado. Esta demora preocupante se deve a intensa disputa de bastidores sobre os rumos da conferência.

No próprio governo, as divergências são visíveis. O ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social, defende que a conferência discuta as concessões públicas, a propriedade cruzada e a concentração da mídia, num processo que sirva para democratizar este setor. Já o ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou em recente palestra que "a democratização da comunicação sempre existiu no governo Lula. Não precisa de uma conferência nacional para fazer a democratização de nada", polemizou, contrapondo-se ao próprio presidente.

Guerra no meio empresarial

As divergências também estão acirradas nos meios empresariais. Os barões da mídia temem que a convergência digital acelere a invasão das multinacionais da telefonia no setor. Eles fazem um discurso em defesa da produção cultural brasileira, mas não aceitam tocar nos seus privilégios - no monopólio midiático que manipula corações e mentes. Paulo Tonet, da Associação Nacional de Jornais, expressou bem esta contradição, ao criticar o debate sobre a concentração do setor e ao defender que a conferência discuta apenas "o conteúdo nacional da produção". Nesta guerra entre as teles e os barões da radiodifusão, a sociedade brasileira está totalmente excluída, alijada.

Mesmo com suas diferenças, os dois segmentos do capital se unem para evitar que a conferência se empenhe em emocratizar, de fato, os meios de comunicação. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que expressa os interesses de ambos, recentemente atacou o presidente Lula por suas "críticas desmedidas" à mídia e manifestou temor com o evento. Já os jornalões e emissoras de televisão destilam veneno contra a participação da sociedade. A Folha de S.Paulo, por exemplo, publicou reportagem marota sobre os gastos públicos com o evento, previstos em R$ 8,2 milhões. Quanto menor a estrutura, mais difícil será o acesso e a participação das organizações da sociedade civil.

Limites ao poder incontrolado

Como alerta o professor Laurindo Leal, a gritaria indica que "a campanha contra já começou. E a ordem veio de cima, bem de cima: da associação internacional dos donos da mídia no continente, conhecida pela sigla SIP. Ela se diz preocupada ‘porque os debates serão conduzidos por ONGs e movimentos sociais que pretendem interferir no funcionamento da imprensa'. A expressão pode ser traduzida pelo temor diante da possibilidade de um debate mais sério e aprofundado sobre o pensamento único imposto pelos grandes meios de comunicação. Afinal, debates como o proposto podem conduzir a ações práticas, capazes de impor limites a esse poder incontrolado".

Profundo conhecedor do poder da ditadura midiática, Laurindo adverte que será preciso intensa pressão da sociedade para garantir uma conferência democrática. Do contrário, ela poderá ser manietada. Ele lembra que a divisão entre as teles e a radiodifusão pode servir como brecha aos movimentos sociais. Mas não alimenta ilusões. "Do lado patronal, dificilmente sairia posição diferente, afinal estão defendendo interesses de classe seculares... Daí a importância da mobilização, necessária para impedir que os interesses empresariais da mídia se sobreponham aos da sociedade".

Ilusões e avanços do governo Lula

Estas disputas explicam a demora na convocação da conferência. Apesar da guerra de bastidores, tudo indica que ela será oficializada. O governo Lula sofreria enorme desgaste se recuasse agora. A realização de um debate democrático, com ampla participação da sociedade, é anseio e demanda dos movimentos sociais brasileiros. A proposta da conferência fez parte da plataforma de Lula nas eleições de 2002, mas o governo preferiu conciliar com a oligarquia midiática, num misto de ilusão de classe e de tentativa pragmática de neutralizar os veículos privados.

A manipulação da mídia na eleição presidencial de 2006 fez com que o governo Lula acordasse, parcialmente, para este desafio estratégico. Uma iniciativa positiva foi a da criação da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), responsável pela TV Brasil. O presidente também passou a polemizar mais com mídia privada, o que irritou a SIP. O anúncio da conferência em Belém foi outra iniciativa positiva. A questão agora é garantir que o processo seja realmente democrático, garantindo a ampla participação da sociedade num debate cada vez mais candente.

*Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB.

Fonte: Portal Vermelho

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PEC e Plano Nacional de Juventude: o legado de uma geração  

Por Danilo Moreira*

Encontram-se em fase final de tramitação no Congresso Nacional, duas importantes matérias que, se aprovadas, contribuirão decisivamente para o desenvolvimento do país e para melhoria da qualidade de vida de 50 milhões de brasileiros e brasileiras situados na faixa etária de 15 a 29 anos.

Estamos falando da Proposta de Emenda Constitucional (PEC42/2008), que insere no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais, o termo juventude na Constituição Federal. Ao reconhecer esta parcela da população, como segmento prioritário para a elaboração de políticas públicas, como já fora feito com idosos, crianças e adolescentes, avançaremos no sentido de superarmos o binômio juventude-problema para um patamar onde a juventude seja compreendida como um grupo de sujeitos detentores de direitos.

O texto da PEC da Juventude, como ficou conhecida, indica ainda necessidade de aprovação de uma segunda matéria, um Projeto de Lei (PL) estabelecendo o Plano Nacional de Juventude. Tal plano aponta uma série de metas que deverão ser cumpridas pela União, em parceria com Estados, Municípios e organizações juvenis nos próximos 10 anos. Formado por diversas ações articuladas nas áreas de cultura, saúde, esporte, cidadania, trabalho, inclusão digital, educação, etc.

O PL 4530/2004, que trata do Plano Nacional de Juventude, já foi aprovado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados e aguarda apenas a votação em plenário. Como o relatório foi aprovado em dezembro 2006, o Conselho Nacional de Juventude – Conjuve, está propondo sua atualização e votação ainda este ano. Para tanto necessitaremos de um esforço concentrado de parlamentares, governo federal, lideranças dos movimentos juvenis e da sociedade civil, visando a negociação de uma nova versão.

O que para muitos pode parecer uma questão organizativa e sem resultado no curtíssimo prazo, na verdade representa uma visão estratégica sem precedentes sobre este importante segmento populacional, por vezes tratado numa perspectiva de futuro, mas nunca construído como uma realidade do presente, ou até mesmo encarado de maneira imediatista e reativa aos “problemas da juventude”.

A cristalização deste tema em nossa Carta Magna, a atualização e aprovação de um Plano Nacional, estabelecendo metas para as Políticas Públicas de Juventude nos próximos 10 anos, são a melhor expressão da luta desta geração por mais direitos e, em última instância, pela efetiva democratização do Estado.

O mais importante, porém, é que para a concretização desta vitória o caminho escolhido não ficou restrito à articulação em gabinetes governamentais e parlamentares, sempre muito receptivos, diga-se de passagem. Todas as vezes que estes foram procurados, foi sempre em nome de uma ampla mobilização social dos próprios movimentos juvenis e com forte envolvimento dos mais diversos setores da sociedade civil organizada. Basta constatar os resultados da 1ª Conferência Nacional de Juventude, realizada em 2008, envolvendo mais de 400 mil participantes, e que indicou a necessidade da PEC e do Plano Nacional de Juventude ente suas mais fortes prioridades.

Caminhamos para os dois últimos anos do governo Lula, que teve como mérito o ineditismo na criação de uma Política Nacional de Juventude. Não devemos, porém, nos contentar com este avanço e muito menos deixar que esta iniciativa fique circunscrita ao período de um governo, sem garantias de continuidade após 2010. Por isso, é que precisamos extrapolar os limites da luta entre ‘governo’ e ‘oposição’ e colocar este tema na agenda do projeto de país que queremos, podemos e estamos construindo como legado a esta e às próximas gerações. É chegado o momento de alçar definitivamente política de juventude à condição de política de Estado. O Brasil precisa, a juventude quer.

*Danilo Moreira é Secretário-Adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, presidiu o Conselho Nacional de Juventude - Conjuve, em 2008 e foi Coordenador da 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude.

Fonte: Portal Vermelho

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Regulamentação da profissão DJ: Como? Pra quem?  

Por DJ Saddam*

A regulamentação da profissão DJ no Brasil vem ocupando com destaque a mídia e provocando discussões acaloradas nos profissionais do toca-discos.

O projeto de lei 740/2007, do Senador Romeu Tuma – político que realmente tem um "vínculo intrínseco com a categoria e com a cultura"- altera a Lei 6533/78 que dispõe sobre a regulamentação de Artistas e de Técnicos em Espetáculo de Diversões. O projeto já começa mal, pois coloca o DJ como profissional técnico, retirando o artístico da profissão, que há tempos vem ocupando lugar de destaque no cenário musical, com profissionais de ponta como Marky, Patife, Anderson Noise e Marlboro conquistando mercado em outras praças.

Vários festivais são realizados, reunindo milhares de pessoas, onde os Djs são as únicas atrações. Nestes espetáculos, os técnicos: sonoplastas, iluminadores, contra-regras e outros, trabalham em função do DJ que está no palco e é o artista.

Muitos abraçam este projeto de lei como fosse o “ovo do Colombo”, a “salvação da lavoura” pois finalmente reconhece legalmente a profissão DJ. Isso é defendido principalmente pelos mais antigos que sonham se aposentar como tal. Mas a lei, na verdade, não atende a maior parte da categoria que é de autônomos. Prevê como carga máxima horária diária 6 horas, quando na verdade, qualquer profissional do ramo sabe que isso é extremamente desgastante para o DJ e, ao mesmo tempo, pode influenciar a dispensa de Djs por proprietários de casas noturnas, uma vez que já que a carga máxima é de 6 horas, um único DJ pode muito bem conduzir sozinho uma festa, recebendo o mesmo cachê mixuruca que é praticado na maioria dos lugares.

A categoria dos Djs tem uma peculiaridade: como é composta em sua maioria por autônomos, fica mais difícil um convívio maior com outros profissionais do ramo e torna o mercado cada vez mais cruel, com a competição forte e muitas vezes desleal. Ao contrário de outras categorias em que aquele velho antagonismo de classes “patrão X empregado” é o que dita a une, no ramo dos toca-discos, na maioria das vezes o grande vilão dos Djs é o próprio colega de cabine de som, que tenta de todas as formas queimar o trabalho do outro, cobra mais barato pra tirar o serviço do colega, fala que contrato é coisa de estrela, entre outras pérolas do mau-caratismo.

Há mais ou menos 4 anos atrás, convoquei uma reunião para o Teatro Casa Grande, no Leblon, que havia sofrido um incêndio, com o objetivo de fundar uma Associação dos Djs profissionais. Compareceram mais de 30 pessoas, entre elas vários “top Djs” como Marlboro, Roger Lyra e Marcelinho Da Lua, entre outros. Este encontro foi noticiado pela grande imprensa, que me colocava como líder do movimento. Coisa de 15 dias depois, eu bati de frente com a direção de uma grande casa noturna da Baixada Fluminense, quando me recusei a dar exclusividade à casa naquela região ( eu só tocava lá aos domingos e os donos não queriam que eu tocasse em outras casas por lá). Convoquei os outros Djs a fazerem o mesmo, pois a casa não teria como mandar todo mundo embora e o momento era bom, pois estávamos nos organizando. Resultado: fui o único a bater de frente e, por conseguinte, o único a perder o trabalho.

Há um tempo rolaram reuniões para tratar deste projeto do Tuma. Mas, quando recebi o convite para a primeira reunião e vi que estava marcada para a sede do PMDB do Rio, desisti de ir na hora. Não é hipocrisia. É público que sou militante do Partido Comunista do Brasil, mas acho profundamente temerário, que seja marcado este tipo reunião de organização profissional em sede de partido político. Quando li o projeto de lei e vi que era ruim, conclui que era perda de tempo. Depois de conversar com alguns músicos importantes como o cantor e compositor Tibério Gaspar e o Maestro Silvio Barbato, percebi que eles tinham simpatia na tese dos Djs serem regulamentados pela Ordem dos Músicos do Brasil como uma categoria especial de músico-praticante. Isso teria uma série de vontade, pois não dependeria da aprovação de lei específica e sim de um aditivo ao estatuto da OMB, como também elevaria o DJ à condição de artista da música, que é o que ele realmente é. Vários colegas viram com simpatia esta tese. Mas quando a apresentei à comunidade dos Djs do Rio no orkut, o pessoal da ADJ-RJ – que é uma associação que representa pequena parcela da classe – veio descendo o pau, dizendo que eu não tinha participado da discussão (aquela que começou na sede do PMDB) e que tinha que ter um sindicato próprio da categoria.

Aí, verificando o tal projeto do Tuma, percebi que após a regulamentação, os Djs para obterem seus registros profissionais junto ao Ministério do Trabalho, deveriam ter diploma expedido por curso registrado no MEC (o que não existe) ou autorizado pelo sindicato. Aqueles que já fossem atuantes e, portanto garantidos pelo direito adquirido, deveriam ir ao sindicato para retirar a sua carta de apresentação. Aí caiu a ficha: se o interesse fosse tão somente na regulamentação, a hipótese da OMB seria abraçada com louvor. Mas como existe o interesse na formação do sindicato e na consequente arrecadação na emissão das cartas e nas autorização dos cursos, a regulamentação, por pior que o projeto do Tuma a apresente, tornou-se algo interessante.

No fim de fevereiro, eu e o maestro Sílvio Barbato participamos de um painel do evento Rio Music Conference, que reuniu Djs na Marina da Glória aqui no Rio. Apesar do tempo curto do debate, foi o suficiente para a tese da OMB passar a ser ventilada.

Vejam: eu sou favorável à regulamentação, mas não da forma que está sendo proposta. A grande coisa deste movimento é a possibilidade de se abrir uma discussão ampliada em um fórum nacional, para que se discuta a melhor forma da regulamentação, seja pela OMB ou por sindicato próprio, mas não da forma que está sendo proposta, pois desvaloriza o DJ o retirando da condição de artista. Faço questão de afirmar isto, pois está rolando um maniqueísmo barato no sentido de quem é contra o projeto do jeito que está é contra a regulamentação. Vamos avançar no debate e construir uma proposta concreta e objetiva para a regulamentação e, principalmente a valorização da profissão DJ.

*DJ Saddam é Produtor cultural e membro da Nação Hip Hop – RJ.

Fonte: Blog do Cuca

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Enquanto isso, no senado...  

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Encontro Nacional de Estudantes Universitários da UJS  

Encontro histórico debaterá a trajetória e os objetivos da UJS no ME Universitário

A UJS realizará seu Encontro Nacional de Estudantes Universitários nos próximos dias 23 e 24 de março, na cidade de São Paulo. São esperadas cerca de quatrocentas lideranças de todos os estados do país.

O Encontro terá caráter histórico para a militância da União da Juventude Socialista, trazendo à baila não apenas as questões da atual conjuntura, mas um resgate do movimento nas últimas décadas.

A ideia é debater a trajetória dos 25 anos de atuação da UJS no movimento universitário, identificando as contribuições, as eventuais deficiência e, principalmente, apontando os objetivos estratégicos da ação dos jovens socialistas no movimento estudantil.

Os desafios do momento também serão analizados, posto que processo do 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes já está deflagrado e é o centro da atuação da militância da UJS no primeiro semestre.

"A UJS completa 25 anos em 2009, sendo que nossa ação no movimento estudantil tem riquíssimo acúmulo em todo esse tempo. Queremos, então, sistematizá-lo, apontando os acertos e as deficiências que possibilitaram a construção de uma experiência bem sucedida e tão longeva. Queremos sobretudo extrair lições e apontar perspectivas, pois esse é um patrimônio das gerações passadas, da geração presente e das futuras gerações da militância da UJS", analiza Márcio Cabral, diretor de Movimento Estudantil Universitário da entidade.

Militante de Carteirinha

Também no Encontro Universitário será lançada a versão 2009 da carteirinha de militante da UJS, em mais um passo de estruturação da política de finanças da entidade, que terá seus recursos divididos entre as direções Nacional, estaduais e municipais.

A carteira poderá ser confeccionada na hora, por R$15, durante o evento. Também estará disponível pelo site da UJS, através de pagamento on-line.

Programação do Encontro Nacional de Estudantes Universitários da UJS:

23/03 - segunda-feira

9 horas – Capitalismo em crise e a nova luta pelo socialismo
Painelista: Renato Rabelo (Vice-Presidente da UNE gestão 1966/1967 e atual Presidente do Partido Comunista do Brasil)

12 horas – Almoço

14 horas – Enfrentar a crise – o papel do movimento juvenil brasileiro
Painelistas: Danilo Moreira (Diretor da UNE nas gestões 1999/2001 e 2001/2003), atual Presidente do Conselho Nacional de Juventude – Conjuve; Marcelo Brito (Gavião) Presidente Nacional da UJS

16 horas – Debates em Grupos

18 horas – Jantar

19 horas – Os 25 anos da construção da UJS no movimento estudantil
Painelista: Ricardo Abreu (Alemão) – Diretor da UNE nas gestões 1989/1991 e 1991/1992; ex-Presidente Nacional da UJS
Debatedores: Waldemar Manoel Silva e Souza (Vice-Presidente da UNE 1989/1991) e Julio Vellozo (Diretor de Movimento Estudantil da UJS de 2003 a 2007)

21 horas – Atividade Cultural

24 de março - terça-feira

9 horas – Da unidade vai nascer a novidade – o Projeto Estratégico da UJS no movimento universitário
Debatedores: Lúcia Stumpf – Presidenta da UNE e Márcio Cabral – Diretor de Movimento Universitário da UJS

10:30 horas – Debates em Grupos

12 horas – Almoço

14 horas – Plano de Ação da UJS para o movimento universitário
Apresentação: André Tokarski – coordenador do Coletivo da UJS na UNE
Debate em Plenário

18 horas – Encerramento

De São Paulo,
Fernando Borgonovi.

Fonte: Sítio Nacional da UJS

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A Rede Globo e seus plágios  

Estão pipocando na net os sucessivos supostos plágios realizados pela toda poderosa Rede Globo de Televisão nas aberturas de três de suas novelas, uma mais antiga “7 Pecados”, a da novela “Negócio da China” e a da mais recente “Caminho das Índias”.

Assisti aos vídeos e as aberturas são, no mínimo (sendo gente boa), muito parecidas com o comercial da Ikea, com a cena do filme "Indiana Jones e o Templo da Perdição", e com vinhetas de programas do canal Sahara One, respectivamente.

Não sei se são realmente plágios, mas como não tenho a mínima intenção de livrar a cara da Globo... Tô me juntando ao coro... PLÁGIO!

Assistam aos vídeos e tirem suas conclusões, pois se dependerem de mim, já sabem minha opinião.

A abertura de “7 pecados” e o comercial da Ikea:


A abertura de Negócio da China e a cena do filme plagiado:


As vinhetas do canal Sahara One:


Fonte: Blog do Diniz Sena

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O Congresso da UNE já está nas ruas  

Nos dias 21 e 22 de março acontecerá o Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) da UNE, na cidade de São Paulo. A reunião de UEEs e Diretórios Centrais de Estudantes definirá a data, o local e convocará oficialmente o 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes. O encontro também elege a Comissão Nacional de Credenciamento e Organização (CNCO) e aprova o regimento interno do Congresso.

São esperados DCEs de universidades públicas e particulares de todo o país. As entidades cadastradas já estarão em condições de realizar o processo de eleição de delegados em suas universidades. No caso de instituições de ensino que não tiveram representação estudantil no Coneg, o processo poderá ser desencadeado a partir de uma comissão de estudantes que coordenarão as eleições no local.

"O processo de Congresso, na realidade, já começou quando realizamos um grande e vitorioso Coneb e construímos o Projeto de Reforma Universitária da UNE. Mas agora, depois do Coneg, tem início o processo de eleição de delegados propriamente dito. O Congresso toma às salas de aulas, os ambientes da universidade", diz Márcio Cabral, diretor de Movimento Estudantil Universitário da UJS.

O movimento Da Unidade Vai Nascer a Novidade, do qual a UJS participa, está mobilizando uma grande delegação de entidades para o evento. "Nosso movimento já realizou intenso processo de debates com os Centros Acadêmicos e agora faz o mesmo com os DCEs. Vamos com toda a força construir a maior mobilização da história dos Congressos da UNE. O Congresso da UNE já está na rua", aponta.

De São Paulo,
Fernando Borgonovi.

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57º Coneg: estudantes definem mobilizações da UNE para os próximos meses  

Os estudantes convocarão o 51º Congresso da entidade, a Jornada de Lutas 2009 e a participação da juventude na Conferência Nacional de Educação

Os participantes desta edição do Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), que terá início neste sábado (21) e se estende até domingo (22), na UNIP Vergueiro, em São Paulo, definirão três importantes ações desta gestão que se encerra em julho deste ano.

Os cerca de 500 estudantes vindos de todo o país convocarão o 51º Congresso da entidade, que elege a nova diretoria e presidência, a mobilização para a Jornada de Lutas 2009 e debaterão a participação da juventude na Conferência Nacional de Educação, que acontecerá em 2010.

Podem participar do fórum as entidades representativas de Instituições de Ensino Superior (IES) de todos os Estados e do Distrito Federal (DCE’s, UEE’s e entidades municipais) e também, das Executivas e Federações Nacionais de Curso, devidamente credenciadas.

Para tanto o/a delegado/a, o/a representante da Entidade Geral deverá apresentar no dia e local de recolhimento do Credenciamento: Ata oficial, fornecida pela UNE, para indicação do/a delegado/a e seu/sua suplente, com o quorum mínimo de 50% (cinqüenta por cento) mais 1 (um) dos/as diretores da Entidade que constarem registrados/as na Ata de Posse. Caso tenha havido substituição de membros da diretoria da entidade, será necessário apresentar a Ata de Alteração da Diretoria e o Estatuto da Entidade.

Além de uma cópia da ata de eleição e da ata de posse da diretoria da Entidade Geral, com prazo de mandato em dia. Para entidades que não comprovarem o tempo de duração do mandato, será considerado o prazo máximo de um ano a contar da data da posse da atual gestão e uma cópia do comprovante de matrícula 2009/1 do/a delegado/a e suplente.

Para as UEE’s e entidades municipais o valor é de R$ 350,00. Executivas, Federações e Coordenações de Curso e entidades que representem mais de 20 mil estudantes pagam R$ 200,00. Já entidade que representem de 10 mil a 19.999 alunos o preço é de R$ 150,00. Entidades que respondam por 1 a 9.999 estudantes terão que desembolsar R$ 100,00. Observadores pagam R$ 80,00. Quem tiver a carteirinha da UNE 2008 paga metade (R$ 40,00).

A inscrição garante credencial que dá acesso às atividades e ao alojamento que ficará no hotel Fórmula 1, na Avenida Nove de Julho. A alimentação não está inclusa.

Jornada de Lutas 2009

A edição deste ano da Jornada de Lutas acontecerá em o todo País entre os dias 30 de março a 3 de abril. O tema da tradicional série de manifestações convocadas pela UNE em defesa da educação é: "Essa crise não é nossa. Queremos mais conquistas para a Educação".

Sob este mote, estudantes sairão às ruas nas principais capitais do país por mais investimento em Educação, por uma nova legislação para a meia-entrada, sem restrições de direitos; pela manutenção da qualidade de ensino nas instituições particulares de ensino superior, em defesa da intervenção do Estado para evitar abusos nos reajustes de mensalidade, pelo fim do vestibular e a aprovação do Projeto de Lei de Reserva de Vagas nas universidades públicas.

Conferência Nacional de Educação

Com um painel que vai discutir a construção do Sistema Nacional de Educação, o MEC lança em abril a 1ª Conferência Nacional de Educação (Conae). O tema central será Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação.

O encontro tem uma agenda de trabalho para os 12 meses de 2009. No primeiro semestre, as conferências preparatórias ocorrerão nos municípios; no segundo semestre, nos 26 estados e no Distrito Federal. A conferência nacional será realizada de 23 a 27 de abril de 2010, em Brasília e reunirá desde os setores públicos e privados da educação infantil até a pós-graduação, para um amplo debate.

A UNE e a UBES fazem parte de todas as Comissões desta primeira fase. A Conferência terá um painel de abertura, 52 colóquios onde os cerca de 2 mil delegados terão voz e voto. Para as entidades parceiras, a Comissão aprovou a inclusão de mesas de debates, e para os convidados de entidades internacionais a possibilidade de inscrever e apresentar trabalhos.

Fonte: Sítio da UNE

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Uma verdade inconveniente (para quem?)  

Tem gente que ainda pensa que cadeia é melhor do que educação...

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Camarada Obama na Veja  

Por Manuela D'ávila*

De rir!!! A Revista Veja dessa semana me tentou na banca. Um dos meus símbolos preferidos, o mais identificado com minha vida e ideais, aparece estampado na capa: a foice e o martelo, símbolo do comunismo, da luta dos trabalhadores do campo e da cidade. Calmem! Não foi isso que me fez rir. Junto ao símbolo aparece Barack Obama. O título faz menção a uma saudação que uso cotidianamente. Diz: Camarada Obama. Também não foi isso que me fez rir. Abaixo há um pequeno texto explicando porque, mesmo injetando bilhões de dólares na economia, Obama não está conduzindo os EUA ao socialismo. Morri de rir.

Depois, percebi. A crise econômica mundial deve estar deixando a turma da Veja muito pirada. Como tudo o que eles defenderam a vida inteira deu errado, a crise da economia é também a crise ideológica deles. Eles estiveram errados nas últimas duas décadas. Quantas vezes ecreveram que o meu partido era um "dinossauro" por defender a existência do Estado, promotor de políticas sociais e regulador da economia? E se o Brasil não tivesse sendo governado por Lula?

Eles chamaram toda a política de infra-estrutura, essa que eu apóio nas votações do Congresso, de atrasadas, que deveriam ser conduzidas pela iniciativa privada. E se esse recurso não estivesse sendo injetado na economia brasileira?

Bem, queria dar um recado a essa turma: deixem que a esquerda, esses dinoussauros, velhos superados, "bibelôs" (como fui chamada muitas vezes...) cuide da crise que vocês criaram no mundo, aqui no Brasil. Fiquem tranquilos que nós defendemos a união do povo para enfrentá-la. Além disso, podem ficar sossegados: Obama não é camarada. Mas na América Latina, onde a crise está sendo melhor tratada, nós, comunistas, estamos por todos os lados.

Não é de rir essa Veja?

*Manuela D'ávila é Deputada Federal pelo Rio Grande do Sul, autora da Lei que regulamenta os estágios e membro da Direção Nacional da UJS.

Fonte: Há uma menina... Blog da Manuela D'ávila

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A crise mundial está só no começo  

Por Altamiro Borges*

Os últimos dados econômicos indicam que a crise capitalista será mais destrutiva do que muitos imaginavam. Ela está mais para um tsunami do que para uma "marolinha". Ainda não deu para prever sua dimensão ou duração, mas ninguém mais duvida dos enormes estragos que causará e muitos se recordam do desastroso crash de 1929, que só atingiu o seu pico quatro anos depois — em 1933.

Os países capitalistas centrais estão derretendo. A economia dos EUA, apesar do socorro dos cofres públicos, não dá qualquer sinal de recuperação. Como descreve uma excelente reportagem do jornal Avante, do Partido Comunista Português, o cenário é dramático, desesperador.

"Com a economia e o desemprego a baterem todos os recordes negativos, os trabalhadores dos EUA enfrentam a fome e a degradação das condições de vida. Somente em fevereiro, segundo dados oficiais, registrou-se a perda de cerca de 700 mil empregos, cifra idêntica às apuradas em dezembro de 2008 e janeiro deste ano. Estes números elevam a taxa de desemprego para 8,1%, a mais alta dos últimos 25 anos... Desde dezembro de 2007, a economia norte-americana já perdeu quase 4,5 milhões de empregos, a maior perda desde a 2º Guerra".

O jornal cita a queda de 6,2% do PIB no último trimestre de 2008, a retração de 21,1% nos investimentos privados, a redução de 23,6% nas exportações e o abrupto aumento dos dependentes de cupons alimentares, já usados por 31 milhões de pessoas que passam fome e privações — um em cada dez estadunidenses.

O descolamento dos "emergentes"

As potências capitalistas da Europa vivem um quadro semelhante. O Financial Times divulgou nesta semana dados sobre a indústria no Reino Unido, França e Suécia, que comprovam a brutal retração econômica. Tecnicamente, a Europa já está em recessão. O PIB recuou 1,5% no último trimestre do ano passado, marcando o pior período desde a criação do Euro, em 1995. A recessão impulsiona o Banco Central Europeu (BCE) a cortar novamente a taxa básica de juros — que já se encontra no seu nível histórico mais baixo, de 2% — e aumenta a pressão pela estatização integral do sistema financeiro, que está totalmente apodrecido e contagia o restante da economia.

Mesmo nos chamados países emergentes, o cenário é preocupante e questiona a complicada tese sobre o "descolamento". Na China, com uma economia altamente dependente das exportações, as vendas externas tiveram em fevereiro a maior retração desde 1998, com queda de 25,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi o quarto recuo consecutivo das exportações chinesas. No Brasil, a forte retração de 3,6% no PIB no último trimestre de 2008 ascendeu a luz vermelha e forçou o Banco Central a recuar na sua política criminosa de juros estratosféricos. A produção industrial tem encolhido e o desemprego se torna rapidamente uma dura realidade.

Limites históricos do capitalismo

Estes dados, entre outros, parecem confirmar as previsões mais pessimistas sobre a gravidade da crise. Em recente palestra em Buenos Aires, o intelectual francês François Chesnais afirmou que a economia capitalista vive "uma verdadeira ruptura, num processo de crise com características comparáveis à crise de 1929, ainda que se desenvolva num contexto diferente. É preciso recordar que aquela crise se desenvolveu como processo: começou em 1929, mas seu ponto culminante se deu depois, em 1933, e abriu caminho para uma longa fase de recessão. Digo isto para sublinhar que vivemos as primeiríssimas etapas de um processo de amplitude e temporalidade. Estamos diante de um desses momentos em que a crise exprime os limites históricos do capitalismo".

Citando uma passagem do livro O Capital, de Karl Marx, ele lembra que "o verdadeiro limite da produção capitalista é próprio capital... O meio empregado — desenvolvimento incondicional das forças produtivas — choca-se constantemente com o fim perseguido, que é um fim limitado: a valorização do capital existente. Por conseguinte, se o regime capitalista de produção constitui um meio histórico para desenvolver a capacidade produtiva material e criar o mercado mundial correspondente, envolve ao mesmo tempo uma contradição constante entre essa missão histórica e as condições sociais de produção próprias deste regime".

"Uma catástrofe para a humanidade"

Sem cair numa visão fatalista, Chesnais prevê que o sistema terá dificuldades para superar a crise e cita Marx: "A produção capitalista aspira constantemente a superar os limites imanentes a ela, mas só pode superá-los recorrendo a meios que voltam a levantar diante dela os mesmos limites, e ainda com mais força". A ofensiva neoliberal, com a desregulamentação financeira e o desmonte do keynesianismo, foi a resposta do capital à crise capitalista já presente nos anos 70. Mas ela não superou os limites imanentes do sistema e, ainda, agravou-os. "Um dos métodos escolhidos pelo capital para superar seus limites se tornou fonte de novas tensões, conflitos e contradições".

Os outros dois meios usados pelo capital para enfrentar sua crise foram: a criação descontrolada de capital fictício e a ampliação do mercado mundial, com a incorporação da China. O primeiro já teria sucumbido. "Toda a etapa de liberalização e de globalização financeira dos anos 80/90 foi baseada na acumulação de capital fictício, sobretudo em mãos dos fundos de investimento e de pensão". Este mecanismo entrou em colapso nos EUA. "Agora, eles estão desmontando este processo. Mas dentro dessa desmontagem, há processos de concentração do capital financeiro... Há uma fuga para frente que não resolve nada [...] e isso é um fator de perturbação ainda maior".

Quanto à China, ele não se arrisca a prever sua capacidade de resistência. Mas, numa abordagem polêmica, avalia que ela não se manterá imune. "A China é realmente um lugar decisivo, porque até as pequenas variações na sua economia determinam a conjuntura de muitos outros países do mundo". Com base nesta análise, Chesnais prevê que a crise mundial será mais grave do que se previa há alguns meses. Diante das críticas ao seu "catastrofismo", enfatiza: "Na realidade, creio que estamos diante do risco de uma catástrofe, mas não do capitalismo e sim da humanidade".

"Tempestade global" e o Brasil

No mesmo rumo, a economista Maria Conceição Tavares também teme que a crise só esteja no início. "Estamos diante de uma tempestade global. Não é apenas a violência que assusta; há o fato de que sua origem financeira torna tudo absolutamente opaco no horizonte da economia mundial. Mente quem disser que sabe o que virá e quanto tempo vai durar. Minha percepção é que será uma guerra de resistência". Para ela, a atual crise "é dramaticamente mais séria que a de 29. Ela ainda não alcançou a proporção daquela, mas o núcleo financeiro dos EUA está carcomido. Os maiores bancos praticamente agonizam. Baixas dessa magnitude não ocorreram nem em 29".

Quanto ao Brasil, motivo maior de preocupaçao da brasileiríssima Conceição Tavares, ela se diz preocupada, mas sempre otimista. "O Brasil tem condições de segurar o manche e aguentar... A luta será dura. Mas, pela primeira vez na história, o país enfrenta uma crise mundial sem ter que carregar o setor público nas costas. E isso é inédito. Nesta crise, o Estado não está afundado em dívida externa, para não dizer totalmente quebrado, como ocorreu nos anos 90. Significa mais do que não ter um peso morto. Significa um Estado em condições de amparar o investimento, o emprego e o capital de giro da economia... Basta ter determinação política". A questão é: será que o governo Lula está disposto a enfrentar a tempestade com ousadia e determinação política?

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Hebe e Ana maria Braga trocando selinho  

As duas múmias, ops, moças aí ao lado foram musas do finado movimento Cansei. Recentemente trocaram farpas, mas como se vê na foto já fizeram as pazes.

O conservadorismo político é uma marca de ambas, ligadas ao malufismo e avessas a qualquer movimento social. Não tenham dúvidas, essas meninas estarão no palanque de Serra em 2010.

Alguém ainda lembra do bisonho Movimento Cansei?

Fonte: Blog do Professor Evaldo

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Participe do Encontro do PPA da Juventude em Fortaleza  

Clique na imagem ao lado para ver o convite em tamanho maior, com data e local do evento.

PPA PARTICIPATIVO (2010 - 2013)

A Prefeitura de Fortaleza, dando início ao planejamento orçamentário de sua nova gestão, realizará nos próximos meses as atividades referentes a elaboração participativa do Plano Plurianual (2010-2013). Peça fundamental no ciclo orçamentário, o PPA definirá as prioridades, diretrizes e metas para a cidade durante os próximos quatro anos, daí a necessidade de envolvermos nesse processo os diferentes segmentos e territórios de nossa cidade.

Quem pode participar?

No PPA Participativo, todo cidadão e cidadã pode pensar e sugerir os investimentos mais importantes para Fortaleza.Todos os fortalezenses com mais de 6 anos podem participar do PPA. Para os maiores de 16 anos, as atividades vão acontecer nos bairros das seis Regionais da Cidade. Para quem tem entre 6 e 17 anos, o PPA reserva um espaço com metodologia e linguagem próprias: é o PPA Criança e Adolescente (PPACA). Além de entender que cidadania é um direito desde a infância, a Prefeitura incentiva a participação de grupos discriminados na sociedade, os chamados Segmentos Sociais. No PPA, existem momentos específicos para mulheres, idosos, população negra, LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais e travestis), pessoas com deficiência e juventude. As atividades preparadas para os segmentos respeitam as diferenças de cada grupo e valorizam suas lutas.

Como funciona o PPA Participativo?

Para participar, é preciso estar atento ao Ciclo de atividades do PPA Participativo. Dividimos as atividades em três momentos: as Oficinas Preparatórias, os Encontros Deliberativos e Congresso do PPA.

Oficina Preparatória

A oficina é o momento de conhecer o que é e como funciona o PPA. Trocar idéias sobre a realidade das Regionais ou dos Segmentos e do que deve ser feito para melhorar a vida das comunidades.

Todos os bairros terão uma oficina pública, da qual você pode participar. Os segmentos sociais e o PPACA também terão momentos como esse. As oficinas podem ser solicitadas por grupos ou entidades. Basta entrar em contato com as equipes de mobilização nas Regionais.

Encontros Deliberativos

Depois do momento de preparação, é hora de pensar a cidade e propor programas para serem desenvolvidos em todas as áreas de atuação da Prefeitura. Esse também é o momento para eleger as áreas de atuação mais importantes e os delegados que atuarão no Congresso do PPA. Vão acontecer dois Encontros em cada Regional, um para crianças e adolescentes, e outro para quem tem mais de 16 anos. Além deles, cada um dos seis segmentos terá um encontro específico.

Congresso do PPA

O Congresso é o espaço para que os representantes da população, eleitos diretamente nos encontros deliberativos, discutam e negociem com os secretários municipais as propostas apresentadas por toda a cidade nos Encontros do PPA. É assim que será construído o documento final do Plano Plurianual Participativo 2010-2013.

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Fonte: Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude-Gabinete da Prefeita. AV. Luciano carneiro, 2235, Vila União Fone/fax: 3255-8373.

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Eleição do Grêmio do Luíza Teodoro  

Por Ivo Braga*

Foi na tarde do dia 27 de fevereiro que conheci a animada galera da escola Luiza de Teodoro Silva, no município de Pacatuba. Naquela ocasião fomos à escola debater sobre a história do movimento estudantil e a importância do grêmio dentro do ambiente escolar, com a intenção de enriquecer a discussão acerca das eleições do grêmio estudantil que se aproximavam. O pátio da escola estava lotado e compuseram comigo a mesa, Andrerson Rafael, representando a UNE; Elyka Murielle, representante da Chapa 01; e Natane Nascimento, representante da Chapa 02.

O debate naquela tarde de sexta feira foi um sucesso e acirrou a disputa na eleição do grêmio, a moçada não poupou esforços na hora de passar nas salas de aula divulgando as propostas de suas chapas, a escola entrou em clima de eleição as conversar nos corredores não tinha outro tema a não ser a eleição do grêmio estudantil. As chapas estavam confiantes e prontas para o dia da eleição.

Então o grande dia chegou, e junto com ele lá estava eu no Luiza de Teodoro Silva de novo. A eleição transcorreu com tranqüilidade e por volta das 16 horas o último aluno votou, a urna foi lacrada e a sala dos professores desocupada para que a comissão eleitoral pudesse fazer a contagem dos votos. O índice de votação foi expressivo, foram à urna 225 estudantes, cerca de 90% dos alunos da escola. Houve apenas 01(um) voto nulo, a Chapa 01 Força Jovem foi eleita com 173 votos, ficando a Chapa 02 com os outros 51 votos. A ata de eleição foi lavrada e assinada por todos os membros da Chapa vencedora, tendo sido empossados imediatamente para a gestão 2009/2011.

Logo após a notícia da vitória tivemos a primeira reunião da nova diretoria do grêmio estudantil da escola Luiza de Teodoro Silva com a participação da ACES, no momento foi reafirmado o compromisso dos gremistas com os estudantes da escola na construção de um ambiente escolar saudável e participativo, na construção das lutas estudantis no município e no estado, na realização de atividades sócio-culturais na escola, entre tantas outras.

Ficam aqui os sinceros parabéns a galera da Chapa 01 Força Jovem, em especial a agora presidente do Grêmio Elyka Murielle. Que seja construída uma gestão participativa e combativa dentro do grêmio estudantil. É muito importante que as ações do grêmio estejam de acordo com os interesses dos estudantes da escola e que seja feita de fato a luta política dentro do Luiza Teodoro. Para isso a ACES e a UBES estão à inteira disposição para voltar à Pacatuba. Agora é muita disposição para o trabalho que vem por aí!

*Ivo Braga é Vice-presidente Ceará/Rio Grande Do Norte da UBES e Presidente da ACES.

Fonte: Blog do Ivo Braga

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Boicote nordestino à Rede Globo será amanhã  

Tudo está indicando que será o maior Boicote já realizado no país à golpista, fascista e ditatorial Rede Globo de Comunicação. Mesmo com a imprensa cearense a boicotar o Boicote Nacional a Rede Globo, já somos destaque em jornal sulista. Não adianta querer calar a força, a Blogosfera mostra, apita e transforma a realidade do mundo.

O Sistema Globo de Jornalismo está tremendo nas bases. Quem mandou mexer com o povo nordestino? Agora o país todo se volta contra as verdadeiras faces da Rede Globo. Dia 13 está chegando! Vamos divulgar, organizar manifestações de rua, sair com a bandeira estampada nos veículos em repúdio fechamento da TV Diário e às ações inescrupulosas da Rede Globo.

13 de março - Dia Nacional de Boicote à Rede Globo

Em virtude do último golpe ditatorial da Rede Globo oprimindo ainda mais o povo brasileiro, e deixando de fora do ar a voz que vinha do Nordeste brasileiro (a TV Diário), é que no próximo dia 13 de março foi marcado como o dia Nacional do Boicote a Rede Globo.A TV Diário era muito maior do que uma simples emissora de televisão. A TV do Nordeste era o único meio que realmente os nordestinos se viam na TV, ausente de estereótipos fabricados por diretores preconceituosos sulistas, que diante o seu analfabetismo da ignorância geográfica, sempre trataram o Nordeste na TV com desprezo, chutes e ponta pés. Defecavam e nem davam a descarga, esnobavam e dava chicoteadas a toda aparição do Nordeste na TV Globo ou outra emissora de diretores e centrais de jornalismo afins, sem deter a mínima percepção necessária para se falar da maneira correta do Nordeste por inteiro.

É por isso, que nunca no Brasil se presenciou um sentimento tão grande de revolta envolvendo o público televisivo e uma rede de televisão.Com o advento da Internet fica fácil as pessoas, que se sentiram prejudicadas com algum evento televisivo, organizarem-se e orquestrarem de um só momento ações inéditas, que seria impossível há algum tempo atrás. O Boicote a Rede Globo sempre existiu. Uma vez por outra acontece um. Constantemente ocorre quando a Globo mostra as suas garras e faz campanha difamatória contra algum político da “esquerda” ou tenta escandalizar algo de acordo com seus malévolos interesses. No entanto, esta campanha vista há alguns dias ganha uma dimensão maior porque penetra no mesmo poder de sedução das lentes, das câmaras, da transmissão, da TV.

O Boicote agora é induzido pelo ato de estupidez agressiva no ápice do egoísmo global. É público de TV versus o direito de poder assistir a TV. É a censura imposta que ganhou dimensão instantânea como o ao vivo da TV.O dia 13 de março de 2009 é um marco inicial que irá representar todo o repúdio, o ódio, a revolta, o protesto dos milhões de telespectadores da TV do Nordeste (adicionado aos milhares de inimigos globais), contra o apagar das luzes, a força, e sobre exageradas doses de pressões, tortura psicológica e algo a mais, que a Globo e os Marinhos criminosos se utilizaram para destruir a concorrência. O grupo de comunicação do sudeste nunca imaginava que haveria uma onda de reações em cadeia que aperfeiçoaria em astuciosos Boicotes, em ousados protestos e em surpreendentes manifestações de ruas ou na frente das sedes das emissoras.

O grupo criminoso que detém a poderosa Rede Globo de televisão já deve estar temendo um mal maior. Fará tudo para acalmar os ânimos e deixar mais um golpe cair no esquecimento da nação. Ache bom ou ache ruim, dia 13 é desligar democraticamente a TV globo, é isto!

Fonte: Blog Rastreadores de Impurezas

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Vote SIM na enquete do Estadão  

No começo da semana publicamos aqui no Blog uma matéria sobre a enquete do jornal direitoso de sampa, o Estadão, perguntando se a UNE representa ou não os estudantes. O Estadão é mais um dos grandes jornais brasileiros que tucanou e decidiu entrar na mais nova onda da burguesia tupiniquim: investir contra os Movimentos Sociais.

Entenda essa polêmica: a enquete surgiu logo após a UNE ter lançado uma nota em defesa do MST e contra a criminalização dos movimentos sociais, que haviam sido acusados, sem nenhuma prova, de receber indevidamente dinheiro do governo federal.

A enquete está disputadíssima galera, as regras sujas, ops, pouco claras, talvez tenham contribuído para isso, a UNE anoitece vencendo e no dia seguinte amanhece perdendo e a enquete parece não ter data para terminar (se tem, essa informação não aparece).

Mas mesmo assim vamos fazer um esforço para vencer no jogo deles, na casa deles, VAMOS VOTAR NO SIM e dar um cala-boca na direita.

CLIQUE AQUI PARA VOTAR!

Por David Aragão, Sec. de Comunicação da UJS Ceará.

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Homenagem ao poeta Patativa do Assaré e ao PCdoB  

A poeta popular Rita Lisboa escreveu um cordel homenageando o centenário de Patativa do Assaré e os 87 anos do PCdoB. Um belo exemplo de cultura popular e socialismo, irmanados pelo verbo singelo do povo na luta contra a opressão.

O grande poeta cearense não foi apenas o mais sublime cantor das belezas do sertão, apesar do que pensam os desavisados, mas foi também um homem de espírito crítico aguçado, cuja obra estava sempre antenada com os problemas sociais do Brasil. O cordel de Rita Lisboa conta, de maneira sucinta, um pouco da história de vida de Patativa, para no final tecer uma sutil relação com o partido dos trabalhadores do campo e da cidade, o partido da foice e do martelo (confiram o poema na continuação da matéria).

Senhores peço licença
Para essa história contar
De um poeta do povo
Nascido no Ceará
É nosso dever portanto
Seu nome imortalizar.

Na cidade de Assaré
Mil novecentos e nove
Nasceu Antonio Gonçalves
Cuja história nos comove
E sua luta e coragem
Não há ninguém que reprove

Filho de família pobre
Não teve como estudar
Perdeu o pai muito cedo
E precisou trabalhar
Pegou no cabo da enxada
Pra família sustentar.

Ficou cego de um olho
Ainda quando criança
Diante dessa tragédia
Não perdeu a esperança
E esse triste episódio
Quis apagar da lembrança.

Mesmo não indo a escola
Gostava muito de ler
Leu Camões, leu Castro Alves
Queria sempre aprender
Leu também Gonçalves Dias
Pra aumentar o seu saber.

Patativa é um pássaro
De canto enternecedor
Ave típica do Nordeste
Também grande cantador
Daí veio esse apelido
Que lhe deram com amor.

Ao sair da adolescência
Passarinho quis voar
E viajou para o Norte
Para o Estado do Pará
Pegou a sua viola
E cantou o Ceará.

Cantou a Triste Partida
De quem deixou seu torrão
E seguiu para São Paulo
Na maior desolação
Fugindo do monstro horrendo
Que é a seca no sertão.

Cantou também o Nordeste
A pobreza do sertão
O camponês explorado
Pela gana do Patrão
Denunciou a miséria
A fome e a opressão.

Cantou coisas do sertão
Alegria e tristeza
Cantou a seca que traz
O aumento da pobreza
Mas também cantou o inverno
Que traz o verde e a riqueza.

Ele hoje é estudado
Em grande Universidade
Em Sorbonne la na França
Contam a sua verdade
Seu nome é reconhecido
No sertão e na cidade.

Patativa no seu canto
Defendeu a liberdade
Lamentou a quem emigra
Do Sertão para a cidade
Igual a outro gigante
Com a mesma realidade

O nosso PC do B
Que é da foice e do martelo
Patativa que é da enxada
É curioso esse elo
São defensores do povo
Do Brasil verde e amarelo

Ambos nasceram em março
E construíram a história
Defendendo uma só bandeira
Com grande luta e vitória
Pois são muitas as conquistas
Que se guarda na memória.

Para o povo brasileiro
Que é um povo varonil
São dois grandes expoentes
Debaixo do céu de anil
Patativa do Assaré
E o P C do Brasil.

Texto introdutório por David Aragão, Sec. de Comunicação da UJS Ceará. Poema publicado originalmente no site do Senador comunista Inácio Arruda.

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Jovens de todo o mundo: Movê-los!  

Por Flaviene Vasconcelos*

Há pouco mais de 40 anos, uma "ingênua" manifestação liderada por estudantes de uma universidade francesa se tornaria, tempos depois, um dos maiores movimentos revolucionários que o mundo já presenciou.

Embora a conotação política, que atraiu uma gama de intelectuais, operários, artistas e uma parcela das camadas populares, o Maio de 68, como ficou conhecido posteriormente, alcançou proporções inimagináveis. Ditou moda, comportamento, lançou estilos e se espalhou pelo mundo. De lá pra cá, a vida em sociedade nunca mais foi a mesma. A sexualidade, tabu desde a idade média, se tornaria a linguagem universal da juventude.

"Quero mudança total, uma idéia genial... A ciência e o amor, a favor do futuro..." (Ana Carolina)

Somos os herdeiros de primeira linhagem dessas mudanças, no entanto, no trajeto de 68 para cá, algo inusitado aconteceu. As relações heterossexuais, de uma considerável parcela dos habitantes do planeta, deram lugar ao amor sem fronteiras. Essa alteração no comportamento é advinda de uma liberdade há muito não experimentada, contudo, temos condições de afirmar que está aquém dos anseios de uma sociedade contemporânea, que clama por respeito e igualdade de oportunidades.

Mundo afora, surgem milhares de movimentos organizados com o objetivo de trabalhar a visibilidade de uma minoria que se mostra e cresce a cada dia. O MOVÊ-LOS - Movimento pela Livre Orientação Sexual nasce desse contexto. Temos a responsabilidade de avançar com os limites impostos para a nossa geração, assim como a juventude de 68 fez em Maio daquele ano. Resta-nos fazer uma releitura de suas conquistas, que se adéque a nova realidade, pois fazendo jus à ousadia, característica marcante da juventude, não nos caberia o papel de telespectadores diante do feito grandioso da geração anterior. Queremos e podemos ir além!

"Vamos precisar de todo mundo, pra banir do mundo a opressão..." (Beto Guedes – O sal da terra)

Infelizmente, discutir a intolerância está na ordem do dia. Há uma parcela da sociedade, alienada por um sistema padronizado de cultura, baseado na relação entre dominado e dominador, que teima em não respeitar a diversidade.

Cerca de 10% da população brasileira é homossexual e a cada 3 (três) meses 1 (um) é assassinado. São cidadãos expostos à agressões físicas e morais todos os dias e em todos os espaços sociais. Como resultado, temos um conjunto diferenciado de conseqüências, todas permanentes, seja o trauma de uma lesão física ou material ou, nas amostras mais violentas, a perda pelo óbito.

"Consideramos justa toda forma de amor." (Lulu Santos)

A sociedade, omissa diante dos inúmeros casos de desrespeito aos direitos humanos, garantidos pela constituição, é tão leviana e responsável quanto ao alienado que comete o crime. Restabelecer o conceito de cidadania sem distinção é um desafio. Homofobia é crime e precisa ser combatida.

Contudo, compreendemos que a amálgama de toda opressão está no padrão capitalista vigente. Acreditamos que a construção de um mundo novo, sem discriminação de qualquer ordem, só será possível em outra sociedade, que garanta direitos e oportunidades iguais para todos. É nesse sentido que o Movê-los também luta pelo socialismo.

*Flaviene Vasconcelos é estudante de Ciências Sociais da UFC e militante da União Brasileira de Mulheres - UBM.

Para saber mais sobre esta entidade, visite o Blog do Movê-los.

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UJS lançará sua carteirinha de militante no Encontro Universitário  

No próximo dia 23 de março, junto com o Encontro Nacional de Estudantes Universitários, será lançada a versão 2009 da Carteira Nacional de Militante da UJS. Comemorativa do aniversário de 25 anos da entidade, a nova carteirinha custará R$15 (anuidade) e poderá ser encomendada pela internet, através da página da UJS, com pagamento on-line e envio pelo correio. Durante o Encontro, sua confecção será na hora.

A carteirinha é um instrumento de identificação do jovem socialista, que representa o vínculo dele com a organização, e também o mecanismo de contribuição anual do militante com a sua entidade.

Anderson de Souza, diretor de finanças da UJS, ressalta o caráter educativo de o militante ajudar na estruturação da entidade. "É muito importante - não apenas pelos recursos, mas também pelo caráter educativo - criar essa rede de contribuintes. O militante socialista tem que saber que não temos acesso a grandes patrocinadores e que ele é parte fundamental para a manutenção da entidade. A partir da carteira, queremos mostrar que o problema da sustentação material é político e necessita do envolvimento coletivo".

Como política nacional de finanças, os recursos adquiridos a partir das carteiras serão divididos em partes iguais para a Direção Nacional, as Direções Estaduais e as Direções Municipais, possibilitando que toda a rede da UJS se estruture melhor. "Estamos cumprindo resoluções de nosso Congresso, que apontaram para a urgência de consolidar uma política de finanças. Uma política de finanças tem que pensar na UJS em todos os seus níveis de direção. Esperamos com isso envolver toda a militância e estimular especialmente as direções municipais, que são peças chave para esse empreendimento ser vitorioso. Afinal, quanto mais carteiras um município fizer, mais recursos ele terá para fazer política", diz Anderson Souza.

Próximo passo: carteira para os veteranos e amigos

Outro pilar da política de finanças será a contribuição dos veteranos e amigos da UJS. A ideia consiste em procurar antigos militantes e simpatizantes que hoje atuam em governos, direções partidárias ou na iniciativa privada e possam ter disposição de contribuir financeiramente com a entidade da qual participaram na juventude.

Os amigos que aderirem, poderão realizar contribuições mensais, anuais e mesmo eventuais - através, por exemplo, da doação de equipamentos para uma sede da UJS - e receberão uma carteira especial, uma pequena homenagem ao apoio à luta da UJS, no passado e no presente.

Por Fernando Borgonovi, Diretor de Comunicação Nacional da UJS.

Fonte: Sítio da UJS

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UNE e Católicas pelo Direito de Decidir repudiam postura que criminaliza o aborto  

Entidades reafirmam a luta pelo direito democrático de diminuir os danos da violência

Uma notícia recente deixou toda a sociedade perplexa: uma menina de 9 anos, que era abusada sexualmente pelo padrasto desde os 6 anos, estava grávida de gêmeos. A gravidez foi descoberta depois que a criança se queixou de dores e foi levada pela mãe à Casa de Saúde São José, em Pesqueira (PE). No hospital, os médicos descobriram que a garota estava na 16ª semana de gestação.

Os médicos classificam a gestação da menina como de alto risco, pela idade e por ser de gêmeos. Diante do quadro, a mãe da criança autorizou o aborto. Após o procedimento, a igreja católica se manifestou considerando "crime e que a lei dos homens não está acima das leis de Deus". O arcebispo de Olinda e Recife excomungou nesta quarta-feira (4) a mãe, os médicos e outros envolvidos no aborto.

A entidade Católicas pelo Direito de Decidir manifestou-se, por meio de nota, sobre o caso. "Para nossa surpresa - e indignação!-, entretanto, houve uma intensa movimentação de militantes religiosos contra a interrupção dessa gravidez tão perigosa, sob todos os aspectos, para essa pequena criança de nove anos. Até mesmo ameaça de excomunhão houve! Sob o argumento da defesa da vida, essas pessoas não se importaram em nenhum momento nem com a violência já sofrida por ela, nem com a real possibilidade que havia de a menina perder a própria vida".

A UNE se solidariza e assina a opinião das Católicas. "Felizmente, a menina pernambucana pôde, graças ao respeito a um direito democraticamente conquistado, diminuir os danos das inúmeras violências que sofreu e a gravidez foi interrompida. Assusta-nos, porém, saber que, ao contrário dessa menina, outras tantas vidas têm sido ceifadas em nome de princípios intransigente, duros e violentos", conclui o documento. Leia-o abaixo.

Insanidade, crueldade ou princípios cristãos?

Católicas pelo Direito de Decidir manifeta-se sobre o caso da menina pernambucana de nove anos, grávida por estupro de seu próprio padastro

O que pode levar alguém a desejar obrigar uma criança, com risco de sua própria vida, a manter uma gravidez fruto de uma inominável violência? Rígidos princípios religiosos? Ou insanidade e crueldade? Estamos falando do caso ocorrido em Pernambuco da menina de nove anos que apresentou gravidez (de gêmeos!) como resultado de estupros seguidos que sofreu de seu padrasto, violência a que foi submetida desde os seis anos de idade.

A gestação foi interrompida no dia 04 de março último, às 10h da manhã, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde que permite abortamento em casos de gravidez de risco ou quando a gestante foi vítima de estupro, ainda que o aborto continue sendo crime no país. O caso da garota pernambucana se enquadrava nos dois casos, já que a gravidez de fetos gêmeos também colocava sua vida em risco, pois a menina pesa apenas 36 kg e mede 1,36 m. Por seu muito pequena, ela não tem estrutura física para suportar a gravidez de um feto, muito menos de dois. É de se imaginar, ainda, os danos psicológicos a que seria submetida se fosse obrigada a levar essa gravidez a termo.

Para nossa surpresa - e indignação!-, entretanto, houve uma intensa movimentação de militantes religiosos contra a interrupção dessa gravidez tão perigosa, sob todos os aspectos, para essa pequena criança de nove anos. Até mesmo ameaça de excomunhão houve! Sob o argumento da defesa da vida, essas pessoas não se importaram em nenhum momento nem com a violência já sofrida por ela, nem com a real possibilidade que havia de a menina perder a própria vida. Se essa criança - que tem existência real e concreta, com uma história de vida, relações pessoais, afetos, sentimentos e pensamentos, enfim -, se essa menina não merece ter sua vida protegida, trata-se de defender a vida de quem? De uma vida em potencial ou um conceito, uma abstração? Quem tem o direito de condenar à morte uma pessoa em nome de se defender uma possibilidade de vida que ainda não se concretizou e não tem existência própria e autônoma?

Pensamos que se configura como pura crueldade essa intransigente defesa de princípios abstratos e de valores absolutos que, quando confrontados com a realidade cotidiana, esvaziam-se de sentido e, principalmente, da compaixão cristã. Seria possível imaginarmos o que Jesus Cristo diria a essa menina? Seria ele intolerante, inflexível e cruel a ponto de dizer a ela que sua vida não tem valor? Ou ele a acolheria gentilmente, procuraria ouvir sua dor e a acalentaria em seu sofrimento? Será que ele defenderia que ela sofresse mais uma violência ou usaria sua voz para gritar contra os abusos que ela sofreu?

Felizmente, a menina pernambucana pôde, graças ao respeito a um direito democraticamente conquistado, diminuir os danos das inúmeras violências que sofreu e a gravidez foi interrompida. Assusta-nos, porém, saber que, ao contrário dessa menina, outras tantas vidas têm sido ceifadas em nome de princípios intransigente, duros, violentos e nada amorosos. Assusta-nos o desprezo pela vida das mulheres. Assusta-nos que suas histórias sejam descartadas, que sua existência na Terra esteja valendo menos do que a crença autoritária de algumas poucas pessoas.

Para que a nossa democracia seja efetiva, as pessoas precisam ter o direito real de escolher. Por isso, defendemos que as políticas públicas de saúde reprodutiva e os direitos reprodutivos já conquistados sejam garantidos. Além disso, lutamos pela legalização do aborto, para que as mulheres que assim desejem, possam levar qualquer gravidez até o fim. Mas que as que não o desejam, não sejam obrigadas a arriscar suas vidas, ou mesmo morram, por se pautarem por valores éticos distintos.

Fonte: Portal UNE e UBES

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