Blog UJS Ceará

O blog de política da juventude cearense!

Combate à violência contra a mulher é obrigação!  





Por *Bárbara Cipriano (com a colaboração de Andreia Duavy e Brenna Carvalho).


Apesar de os últimos dados serem alarmantes, a violência contra a mulher não é uma prática recente. São Paulo, em 30 de março de 1981, Eliane Grammont foi assassinada a tiros por seu ex-marido, o músico Lindomar Castilho. Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg Fernandes Alves, então com 22 anos, invadiu o domicílio de sua ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, no bairro de Jardim Santo André, em Santo André (Grande São Paulo). Eloá foi mantida em cárcere privado por mais de 100 horas e depois foi baleada na cabeça e na virilha. Não resistiu e veio a falecer por morte cerebral. Esses são “só” dois casos dos inúmeros que ocorreram (e ainda ocorrem) no Brasil.

Quantas Eloás e Elianes foram vítimas de seus “companheiros” e quantas todos os dias são vítimas, quantas sofrem violência doméstica, sexual e piscológica, subjugadas por seus “companheiros” e pela sociedade capitalista que aprofunda cada vez mais as relações de desigualdades entres os sexos, pois violência pressupõe opressão, conflito de interesses entre opressores e oprimidos. Pressupõe relações sociais de dominância (capitalismo) e subalternidade. A violência contra a mulher pressupõe que homens e mulheres têm uma participação social desigual em função de sua condição sexual.

A naturalização da violência contra a mulher se insere no contexto “normal” da relação entre os sexos, institucionalizadas e aceitas pela sociedade. Os assassinatos, os casos de violência doméstica, os estupros e os diversos tipos de violações ao corpo e à mente representam os reflexos dessa sociedade ainda patriarcal demais e atrasada que silencia nossas “Eloás” e “Elienes”. Onde o machismo reinante e “antropológico” se insere de diversas maneiras, onde a cada 15 segundos muitas mulheres são vítimas de violência doméstica.

A Lei Maria da Penha é um dispositivo legal brasileiro que visa a aumentar o rigor das punições das agressões contra as mulheres quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. Decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006, a lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa.

A introdução da lei diz: “Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências”.

A lei, juntamente com as delegacias da mulher, ajudou e ajudam a combater e registrar os casos. A primeira delegacia da mulher atendeu, de imediato, um grande número de mulheres em situação de violência, mostrando que este problema existia, era grave e carecia de um atendimento policial especializado.

Logo após esta experiência, foram criadas novas delegacias da mulher em São Paulo e em outros estados. Muitas são as reivindicações sobre a criação de delegacias da mulher como parte integrante e principal de uma política pública específica à questão da violência contra mulheres. Mas ainda há muito o que avançar. A necessidade da melhoria pelo atendimento especializado englobando assistência psicológica e social e ampliação da Lei Maria da Penha que prevê a punição de crimes como estupros e assassinatos, pois apesar das políticas implementadas os últimos registros da SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres) afirmaram que os números só aumentaram.

Nós da UJS Feminista consideramos que a luta pelos direitos das mulheres é obrigação cotidiana de todas as pessoas; combater o machismo em suas diversas formas é uma necessidade histórica e essencial para a construção de um Brasil emancipado onde não haja desigualdade entre os sexos, onde as políticas públicas sejam implementadas com rigor, onde as nossas mulheres possam ter o direito de decidir sobre seus corpos sem serem questionadas ou culpabilizadas pelos atos de violência. Lutamos pela igualdade de gêneros, pela ampliação de políticas de saúde para as mulheres, pelo empoderamento de mulheres nos espaços de poder e pela liberdade pois, acima de tudo, ser feminista é uma questão de liberdade. Entendemos que a luta emancipatória é fundamental pra construção de uma sociedade mais justa, uma sociedade socialista construída com as meninas e os meninos no poder, trabalhadores e trabalhadoras lado a lado, guiada pela justiça e preenchida com nossa alegria.


*Bárbara Cipriano é Diretora de jovens feministas da UJS Fortaleza e Conselheira Municipal de Juventude pela UBM

No Vermelho.

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Secundarista, um estilo de vida.  




E o que é esse negocio de militância secundarista?



A nossa galera da União da Juventude Socialista sabe bem como é!
Ser os últimos a dormir e os primeiros a acordar, e quando tiver café da manhã já sabe, né? Pão com mortadela! E comer rápido porque os portões das escolas abrem cedo e não podemos perder um só minuto, ou uma só chance de abordar a galera na entrada com nossos panfletos, em que temos um apreço inestimável, mas é claro, fomos nós mesmos que fizemos depois daquela conversa animada no coletivo, onde surgiram várias ideias revolucionárias.

Pela manhã separadas as equipes, lá vamos nós percorrer, ocupar e conquistar com nossa ousadia, irreverência e jogo de cintura pra conseguir convencer aquele diretor chato, antiquado e reaça que reclama dos alargadores, piercings e da calça folgada, e só pra tentar nos fazer desistir, ele capricha no chá de cadeira, mal sabe ele que enquanto ele pensa que está nos cansando, a gente já encontrou um conhecido lá dentro que vai entregando de mansinho na sala dele o panfleto chamando pra atividade, que pode ser um sarau, uma festa ou até mesmo o que a gente faz de melhor: uma passeata pra melhorar a garantir investimento em educação, pelo passe-livre ou para tirar o chato do diretor que não respeita seus alunos e age como se fosse o Dono do Mundo...

Depois de todo esse dia nas escolas, muitas panfletagens, ter trocado uma ideia massa com a galera, ter paquerado um monte com aquelxs gatinhxs, todo mundo se reúne no final do dia para saber como foi em cada escola, porque não fez assim, porque num fez assado e vamos logo bolar aquele que foi desencontrado.

Porque amanhã é o grande dia, amanhã é todo dia e tem muito mais escola que precisam dessa galera que afrontam diretor, pula muro, faz pichação, e quer mesmo é passe-livre no busão, e o Pré-Sal pra educação e qem #VemPraRua não abre mão!



Por Edvard Neto, Diretor Regional UBES-CE 

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UJS realiza I Encontro de Jovens Feministas em Fortaleza  



Na próxima segunda-feira (11/11) acontecerá o I Encontro de Jovens Feministas da União da Juventude Socialista (UJS) de Fortaleza, com apresentação do seminário “A história das mulheres no Brasil”.  O evento, que terá início às 19h, será na Sede do PCdoB Estadual – Avenida da Universidade, 3199, no bairro Benfica.

O encontro além de debater a história das mulheres no Brasil - que será facilitado por Bárbara Cipriano, Diretora de Jovens Feministas da UJS/Fortaleza e Conselheira Municipal de Juventude pela União Brasileira de Mulheres (UBM) - irá discutir temáticas como feminismo emancipacionista e à inclusão da mulher nos espaços da política.

O evento contará com a presença da Coordenadora da UBM Ceará, Francileuda Soares, da Presidenta da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (HABITAFOR) e Ex-vereadora de Fortaleza, Eliana Gomes, e da Diretora de Jovens Feministas da UJS/Ceará e Conselheira Nacional de Juventude pela UBM, Camila Silveira.

De acordo com Sarah Cavalcante, Presidenta da UJS, a atividade tem como objetivo formar mulheres e homens para o debate feminista, promovendo uma discussão histórica sobre as mulheres, como também estimular o entendimento do capitalismo versus opressão feminina.

“O fim da opressão das mulheres se dá na luta pela superação do capitalismo, somente com o socialismo podemos ter a emancipação das/dos indivíduos, mas para isso temos que estar afiados no debate e de prontidão para a lutarmos contra os machismos existentes”, afirmou Sarah.

O evento é uma das diversas atividades mobilizadoras para I Encontro Nacional de Jovens Feministas da UJS, que ocorrerá em Brasília dos dias 13 e 15 de dezembro. O encontro reunirá mulheres de todo o país, tendo como tema “Combater o machismo, emancipar as mulheres, construir o socialismo!”.

Lutar sempre!

:: Serviço

UJS realiza I Encontro de Jovens Feministas em Fortaleza
Data/Hora: 11 de novembro (segunda-feira), às 19 horas.
Local: Sede Estadual do PCdoB, Avenida de Universidade, 3199, Benfica.
Mais informações: Bárbara (8846-7237) e Sarah (8702-2259).
 

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