Blog UJS Ceará

O blog de política da juventude cearense!

Nota de repúdio a agressão que sofreu a estudante Daiany Macedo diretora de Comunicação da UBES e militante da UJS  


Viemos a público repudiar a agressão física e verbal, cometida pelo estudante LINCOM EMMANUEL, militante da União da Juventude Rebelião (UJR), presidente da AMES-BH e diretor da UBES, contra a estudante goiana Daiany Macedo, Diretora de Comunicação da UBES e militante da UJS na última quarta-feira dia 12 de novembro, na cidade de Belo Horizonte, durante as eleições do Grêmio Estudantil da Escola Estadual Governador Milton Campos (Estadual Central).
Conforme relatado pela estudante e registrado em Boletim de Ocorrência, o agressor tentou intimidá-la verbalmente, afirmando “Fale baixo comigo, porque eu sou homem!”. Postura machista e violenta que culminou em seguida na agressão física. O agressor desferiu um soco no peito da vítima, que a levou ao chão com uma forte crise asmática, sucedida de vômito e desmaio. Essa infelizmente não é a primeira vez em que uma militante do movimento estudantil é vítima de agressão machista por parte de outro militante.
A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Lamentamos que essa prática se reproduza dentro do movimento estudantil, espaço que deveria combatê-la. No entanto, a atuação unitária das mulheres tem impedido que essas violências sigam impunes e exigido das organizações políticas que se manifestem e tomem as devidas previdências no sentido de repudiar as ações e punir e educar seus militantes.
Condenamos todas as formas de violência física, verbal e moral, sobretudo contra as mulheres. Lutamos por uma sociedade justa, emancipada e livre do machismo, racismo, homofobia, xenofobia e todas as formas de opressão.
O movimento que a gente quer, não bate em mulher!
União da Juventude Socialista – UJS
União Brasileira de Mulheres – UBM
Juventude do Partido dos Trabalhadores – JPT
Juventude Pátria Livre – JPL
Movimento Kizomba
Juventude da CNB
Juventude Socialista Brasileira – JSB
Juventude Socialismo e Liberdade -JSol
Juventude Socialista PDT – JSPDT
Juventude do PMDB
Movimento um Passo a Frente

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ATÉ QUANDO?  


Mesmo com o advento do feminismo, das transformações ocorridas ao longo da História, das mulheres se fazerem presentes e atuantes no mundo, na política, na Academia e nas demais esferas da sociedade, o machismo ainda é naturalizado pela sociedade, se manifestando a partir de todas as formas de violência (seja física, sexual, psicológica).
São crescentes os números da violência contra a mulher. Todos os anos mais de 4 mil mulheres são assassinadas em todo o Brasil, sendo no ambiente familiar onde ocorrem a maioria dos casos e os agressores sendo, em grande maioria, parceiros, ex-parceiros e familiares próximos. No Ceará, cerca de 21.853 atendimentos de mulheres em situação de violência foram realizados de 2004 até dezembro de 2011, no Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Defensoria Pública do Estado do Ceará (Nudem).
Vítima da violência, do machismo ainda muito ensinado e sustentado pela sociedade, na madrugada do dia 3 de junho, a estudante Lara Cibele Silva Anastácio, de 19 anos, foi encontrada morta dentro de um carro, ao lado do namorado de 23 anos, que estava com um ferimento à faca na região do pescoço. Ele disse que os dois tinham sido atingidos por assaltantes.
O namorado da estudante universitária assassinada no Bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza, confessou a autoria do crime, nesta terça-feira, dia 15 de julho, de acordo com o delegado Marx Quaresma, titular do 26º Distrito Policial, sendo tal crime de natureza passional e motivado por ciúmes.

Para combatermos o machismo que constitui o cerne da violência doméstica, é essencial atentar-se para as representações sociais do feminino e do masculino que (nós) ajudamos a consolidar e que é fomentado e disseminado pelo discurso da mídia, também o discurso religioso fundamentalista e de outras instituições atravessadas por estes.
Há dois espaços em que são fortalecidas essas representações: o da audiência midiática e o da família. O discurso midiático/publicitário procura reproduzir o social, fomentando o que se constitui como cultural. A violência contra as mulheres também pode ser encontrada na educação que os meninos recebem dentro de casa e também na escola. A divisão sexual de tarefas e papéis dentro e fora de casa, a permissividade com certos comportamentos dos meninos com as colegas e a reprodução de relações desiguais de gênero desde tenra idade são fatores que conformam o machismo e, por consequência, dão abertura para esta banalização da violência contra a mulher.
Isto não significa que não haja lutas comuns a todas as mulheres: a batalha contra o machismo, nas ruas, em casa e no imaginário social, é uma delas. O feminismo é uma das grandes bandeiras de luta do Coletivo Helenira Rezende da União da Juventude Socialista (UJS), uma entidade política que não propõe apenas a lutar pelos direitos dos jovens e estudantes. A UJS forma, informa e guia a sua militância na caminhada para uma sociedade mais justa, digna e igualitária.
Desta maneira, lutaremos contra qualquer expressão do machismo e da violência contra a mulher. A jovem Lara Cibele Silva Anastácio não será esquecida, mas representada por nós, jovens, estudantes e feministas da União da Juventude Socialista de Fortaleza.

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SE A INSEGURANÇA CONTINUAR, FORTALEZA VAI PARAR!  




        A União da Juventude Socialista, UJS Fortaleza, vem por meio desta nota manifestar sua solidariedade ao estudante Igor Levi Brandão, de 19 anos, ferido à bala na perna dentro do ônibus Antônio Bezerra/Parangaba na última terça-feira, dia 03 (três) de junho.
      Há algumas décadas, a juventude fortalezense reivindicava mais transportes públicos coletivos, pois estes eram poucos e de péssima qualidade. Hoje, reconhecendo que a frota aumentou, nossas reivindicações são ainda maiores. Fortaleza sendo a quinta maior cidade brasileira tem uma demanda de ônibus e topiques que não atende às necessidades da população. As condições destes transportes ainda deixam muito a desejar na qualidade. Entretanto, sem duvidas, o problema que mais nos afeta é a INSEGURANÇA.


        Em média, segundo o Sindiônibus (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará), diariamente ocorrem seis assaltos a ônibus e a topiques na capital cearense. A juventude, que utiliza com maior frequência esses transportes, tem sido vítima em potencial da ação dos criminosos. Celulares, tablets e notebooks são constantemente roubados de nós, jovens, que usamos tais pertences não para demonstrar nosso poder de consumo, mas pela necessidade de estarmos inseridos no mundo digital. Também nos roubam dinheiro e documentos como a carteirinha de estudante, indispensáveis para a meia-passagem e a meia-entrada cultural, ambos direitos garantidos por lei municipal e pelo estatuto da juventude no Brasil.
      A UJS Fortaleza também estende sua solidariedade às categorias de motoristas e cobradores, que sofrem diretamente com a violência, e que devido a casos como o do estudante Igor Levi, paralisaram a cidade nessa semana. Embora inúmeros transtornos fossem gerados à população, entendemos que sem provocar incômodos às autoridades, não se dará atenção para a necessidade de garantir segurança pública efetivamente e melhorias de salário para as categorias.
    Entendemos que as causas da violência são, na verdade, a pobreza, as desigualdades sociais e a expansão do tráfico de drogas. Reivindicamos mais investimentos para ter escolas públicas de qualidade, a construção de mais centros de cultura, esporte e lazer nas periferias de nossa cidade, para que, assim, possamos erradicar o problema da violência, que tanto atinge a nós da juventude, como também toda a população.

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Redução da maioridade penal é retrocesso  

A União da Juventude Socialista do Ceará, entidade que há quase 30 anos luta pelos direitos juvenis, vem a público mais uma vez manifestar seu repúdio a proposta que busca reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos. Dessa forma, consideramos inoportuna a declaração do governador do Ceará, Cid Gomes, a respeito de mudanças na legislação que trata sobre prazos e maioridade penal, feita na segunda-feira, 24 de março de 2014.

Entendemos que a redução da maioridade penal é um retrocesso, e que o Projeto de Emenda a Constituição 33/2012 cumpre o papel de criminalizar e marginalizar os jovens, como também, deslegitimar o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) de 1990 e o Estatuto da Juventude, aprovado em agosto de 2013.

O Estado brasileiro não pode colocar o peso da violência nos ombros da juventude, uma vez que ela é a maior vítima da falta de educação de qualidade, moradia, alimentação e saúde. Precisamos urgentemente fazer o debate sobre as causas da violência e não somente sobre as suas consequências. Questões mais complexas estão diretamente ligadas à violência, tais como a desigualdade, a exclusão social, a má distribuição da renda, o consumismo exacerbado, a corrupção e a existência de um sistema judiciário ineficiente, entre outras.

Portanto, crer que o encarceramento de nossos adolescentes é a solução para enfrentar a violência é uma visão distorcida, rasa e imediatista, difundida por setores da sociedade que não são comprometidos com a formação da juventude brasileira. Os presídios não cumprem o papel de recuperar os detentos, pelo contrário, os marginalizam, e certamente esse não é o melhor espaço para o jovem em desenvolvimento.

Defendemos que sejam assegurados os direitos e deveres aos jovens, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Estatuto da Juventude. Acreditamos que é através de investimento na educação e da efetivação de políticas públicas para a juventude que conseguiremos superar a inclusão do jovem no crime. 

18 razões para não a redução da maioridade penal.

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Para não dizer que só falei das flores!  

Oito de março, o dia internacional da mulher e com essa data inúmeras propostas de presentinhos variados, flores e chocolates para comemorar este dia. Data em que aquele capitalismo selvagem cantado na música do Titãs aproveita mais uma vez para incentivar o consumismo e aprofundar as relações de classes.

Desigualdades sociais que retratam um país em que a democracia e um projeto nacional de desenvolvimento estão em disputa pelos setores mais conservadores, os mesmos que querem retrocessos e não estão preocupados com as garantias de direitos para as minorias (mulheres, homossexuais, transexuais, lésbicas, negros, pobres, etc.), setores esses que nas manifestações de junho pautavam os movimentos sociais, criminalizando. 
Setores que apresentaram a “cura gay” agora a lei “antiterrorismo”, entre outros inúmeros retrocessos. 


Propagando através da mídia conservadora o “ódio de classe”, estes mesmos setores são os que reforçam a cultura do estupro, o machismo, a violência contra a mulher e as opressões de gênero. São inegáveis os avanços e conquistas das mulheres ao longo desses anos: a conquista do voto feminino que completa 82 anos, a inserção da mulher no mercado de trabalho, a diminuição da diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam a mesma função, métodos contraceptivos na década de 70, possibilitando à mulher a descoberta do sexo para além da reprodução, direito ao divórcio, a lei Maria da Penha. 

Todas estas lutas históricas protagonizadas pelo movimento feminista, que no Brasil já começava a existir a partir de publicações de escritoras como Nísia Floresta e Narcisa Amália, republicanas e as primeiras mulheres escritoras no Brasil a enfrentarem, além dos preconceitos políticos, a discriminação de gênero. 

Aproximadamente na década de vinte Bertha Lutz criou a Liga pela Emancipação Feminina, que lutou pelo voto feminino. Em 1922 ocorrem eventos sociais marcantes: A criação do Partido Comunista Brasileiro (1922), a Semana da Arte Moderna (1922), o Tenentismo (1922) e a Coluna Prestes (1924-1927), provocando uma grande discussão sobre os rumos do país. 
Bertha aproveitou esse clima de alvoroço nos ânimos da sociedade para mudar o nome da Liga pela Emancipação Feminina para Federação Brasileira para o Progresso Feminino, que lutava pelo voto, pela escolha do domicílio e pelo trabalho de mulheres sem autorização do marido. Nas décadas de 60 e 70 as mulheres se organizavam em torno do enfrentamento a ditadura militar e reivindicavam principalmente a igualdade de gêneros e a introdução do divórcio na Legislação brasileira. 

Em 1975 a ONU instituiu o dia internacional da mulher (o oito de março), que em 1910, foi proposto na primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhague, dirigida pela Internacional socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada e a ideia da existência do dia Internacional da Mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão de obra feminina em massa na 
indústria, pois as condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte das trabalhadoras. 

Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913). Nessa mesma época o famoso incêndio que ocorreu em que mais de 120 mulheres morreram carbonizadas na Fábrica em Triangle em Nova Yorque, pois reivindicavam por melhores condições de trabalho e redução da jornada de trabalho. 

Para além de um "Feliz Dia da Mulher", o oito de Março é a data que além de relembrarmos as conquistas históricas do movimento feminista em defesa da vida mulheres, vem dizer também que a nossa luta é todo dia, que queremos o fim das violências, melhores condições de trabalho, mais políticas públicas e poder político, aborto legal e seguro, e que estes não são favores cedidos pelo patriarcado e pelo capitalismo, pois serão conquistas alcançadas com pressão nas ruas! 
Já que enquanto alguns ainda falam de flores, ocupamos o Planalto!

Avante pela vida das mulheres!

Por Bárbara Cipriano e Brenna Carvalho

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Sessões do Cine Feminista da UJS Ceará serão realizadas na Vila da Artes  


Visando a importância da formação feministas ampliada para as militantes e não militantes da UJS, criamos um calendário de sessões com filmes por temáticas, que segue abaixo.

O importante marco para a UJS, e para a luta Feminista é a utilização de um espaço da comunidade para uma atividade de formação para a luta de combate a todas as opressões. 

Já começa na quinta que vem com o filme nacional "As filhas do Vento" de 2005. 



Mulher negra e o feminismo:

13/02 - As filhas do Vento (85 min)
Numa pequena cidade em Minas Gerais as irmãs Maria “Cida” Aparecida (Taís Araújo) e Maria “Ju” da Ajuda (Thalma de Freitas) têm objetivos bem distintos. A primeira quer se tornar uma famosa atriz e para isto é imperativo que deixe o lugarejo, já a segunda só pensa em namorar. Vivem com Zé das Bicicletas (Mílton Gonçalves), o pai delas, que foi abandonado pela mulher e é muito rigoroso com o comportamento das filhas. Quando ele acusa injustamente Cida de estar se envolvendo com Marquinhos (Rocco Pitanga), o namorado de Ju, ela fica tão magoada que deixa a cidade e vai para o Rio de Janeiro na esperança de ser atriz, e consegue. A vida de cada irmã seguiu seu curso e elas ficam sem se falar por mais de 4 décadas. Com a morte de Zé das Bicicletas, Cida retorna para a sua cidade natal para o enterro do pai. O encontro dela com Ju será inevitável, mas elas têm muita mágoa uma da outra e talvez seja difícil resolver 40 anos em alguns dias.

Poliamor e Relações Livres:

27/02 - Kiss Me Again (103 min)
Um casal decide testar os limites de seu relacionamento com outra pessoa. Quando um relacionamento improvável segue, todos os três são obrigados a repensar a sua definição de amor.


Visibilidade trans*:
13/03 - A Girl Like Me: The Gwen Araujo Story (89min)
A história documenta a vida real de Gwen Araujo , nascida Edward Araujo Júnior, uma transexual adolescente que foi assassinada depois de ter sido descoberto por conhecidos que ela tinha genitália masculino. Cenas que retratam o julgamento de assassinato são mostrados alternadamente com a história da vida de Gwen. 
Ganhou o prêmio de Melhor Filme para Televisão nos 2007 GLAAD Media Awards .


Violência contra a mulher e exploração sexual:
27/03 - Anjos do Sol (91min)

Anjos do sol é um filme brasileiro que trata sobre a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. É o primeiro filme de Rudi "Foguinho" Lagemann.
Logo em sua primeira sessão pública, realizada durante o Miami International Film Festival, arrematou o prêmio do júri popular para Melhor Longa de Ficção Ibero-Americano.
No elenco estão, entre outros, Antonio Calloni, Vera Holtz, Chico Diaz, Roberta Santiago, Otávio Augusto, Mary Sheyla, Darlene Glória (no papel da cafetina Vera), Bianca Comparato e a estreante Fernanda Carvalho, a protagonista, que tinha apenas onze anos na época das filmagens.

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