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Opinião: Mídias Sociais favorecem campanhas eleitorais menores  

Às vésperas de mais uma campanha eleitoral, como vem acontecendo todo anos após o case Obama, todos nós aguardamos ansiosos as ações grandiosas das campanhas eleitorais. Mas será que isso vai mesmo acontecer? Caso não, quem irá se beneficiar das mídias sociais, então?

Por *Thallis Cantizani

Vale abrir um espaço neste comentário para desmistificar uma lenda do case Obama: não, as mídias sociais não fizeram o norte-americano ganhar as eleições. As mídias mobilizaram, neste caso, para arrecadar donativos. Coisa que não funciona em campanha nenhuma no Brasil. Lá, no EUA, a turma se engajou em fazer doações para a campanha através da internet e isso funcionou perfeitamente bem. Lá as pessoas usaram a internet para doar até o valor irrisório de U$ 2,00 (dois dólares). Isso fez a diferença na campanha Obama.

Mas e no Brasil, em 2012, qual será o papel das mídias sociais?

As mídias sociais poderão fazer a diferença para pequenas campanhas. Com custo baixo, comparado aos grandes investimentos em outros setores, ela poderá surpreender. Chegar próximo do eleitor da mesma maneira que campanhas majoritárias.

Essas ferramentas podem favorecer também aqueles partidos com pouco tempo de TV, criando uma ação de transmídia e deixando mensagens em seu horário eleitoral na TV (curto). Imagine que o candidato convida os telespectadores para conferir o programa (VT) completo em seu canal no Youtube ou através de uma Twitcam agendada para minutos depois do programa político, dando continuidade à mensagem que, por vezes, não pôde ser passada por completo no tempo de TV. Genial, não?

O gasto com materiais impressos poderá ser menor nessas eleições (a natureza agradece), garantindo menos poluição visual e lixo nas ruas, já que muitas campanhas sem muitos recursos vão investir apenas em pequenas artes para compartilhar e ganhar volume/conhecimento na internet.

Para termos uma métrica desse potencial, só a ferramenta Facebook tem o Brasil como segundo país com mais usuários conectados à rede social com cerca de 48 milhões de usuários (fonte: social bakers / semana de 21/06/2012), perdendo apenas para os EUA.

Em Fortaleza há, hoje, cerca de 900 mil pontos de internet banda larga instalados. Transformando cada ponto desse em um usuário (só para termos uma dimensão) e considerando que apenas 30% destes tem conta no Facebook, você teria 300 mil potenciais eleitores que poderiam ser alcançados por sua campanha através das mídias sociais. Muito mais que algumas campanhas de rua com impressos, santinhos e adesivos podem alcançar.

Fora os pontos físicos de internet, ainda temos os usuários que acessam as mídias sociais através do smartphone, que podem dar um up nessa contagem. O uso de banda larga móvel dobra a cada ano nos país desde 2010. Em abril, 53,2 milhões de pessoas acessaram a web com smartphone, tablet e notebook com 3G. As possibilidades são enormes, vocês não acham?

Mas entre as principais estratégias, o engajamento do candidato pode ser o grande diferencial para o e-eleitor. Interagir na internet garante pelo menos 50% da campanha online, pois as pessoas querem ser ouvidas e compartilhar seus anseios.

E aí aparecem alguns erros. Engana-se aquele candidato que quer entrar agora na internet achando que vai conquistar todo o e-eleitor que estiver lá. Vale registrar que os usuários estão atentos aos candidatos que já estão presentes nas mídias sociais e reconhecem os oportunistas, sem cultura digital, que logo são identificados (e, quem sabe, crucificados).

Tudo isso sem contar o marketing 3.0 com SMS, ligações e mensagens diretas para os eleitores influentes.

Mas, no final das contas, quem tiver mais criatividade e souber usar melhor as mídias sociais ganha mais a atenção dos usuários. Nos resta ficar de olho e analisar perfil por perfil e por fim, decidir em quem votar.

Boa sorte para todos os candidatos.


*Thallis Cantizani é Estudante de Publicidade e Propaganda e Social Media do mandado do Deputado Federal Chico Lopes (PCdoB-CE)

Fonte: O Galinheiro

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