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UJS debate a participação dos estudantes cearenses na Guerrilha do Araguaia  

No último sábado a UJS de Fortaleza apresentou o filme ‘Araguaya – A Conspiração do Silêncio’ logo em seguida aconteceu um debate sobre a participação dos estudantes cearenses na guerrilha, que contou com a participação do presidente do PCdoB no Ceará Carlos Augusto Diógenes, o Patinhas. A atividade foi marcada pela homenagem ao estudante cearense Bérgson Gurjão, que foi assassinado pela repressão do regime militar durante a guerrilha do Araguaia.

Num auditório com estudantes de diversas instituições de ensino entre elas UFC, UECE, UNIFOR, FAC, FIC, FA7 e FACE, além de secundaristas e lideranças de entidades do movimento social como a UNEGRO, o MOVÊ-LOS e a UBM. Flavio Vinicius, presidente da UJS Fortaleza, abriu o debate destacando “a importância dos jovens de hoje em dia terem conhecimento de fatos históricos como a guerrilha do Araguaia para que não se repitam em nosso país”. Falou ainda do golpe de estado que ocorreu em Honduras no ultimo mês e de suas condições, comparando-as com as condições “da década de 60 em que uma onda de golpes militares, financiados pelo imperialismo estadunidense, aconteceram na América Latina”.

Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), iniciou sua intervenção falando da emoção que sente ao assistir aquele filme, de ver seus companheiros de movimento estudantil no meio da selva resistindo ao regime militar instaurado no Brasil, “a maioria dos guerrilheiros do Araguaia eram jovens, que enfrentavam a malária, a febre amarela e ainda os grileiros”, disse. Patinhas fez uma análise histórica da situação que viveu o país naqueles anos e falou da importância que teve a guerrilha para a redemocratização, pois, a resistência na cidade tinha sido dispersada pelo endurecimento do regime no final da década de 60 e inicio dos anos 70.

Citando depoimentos do Major Curió que afirmou que “na fase final da guerra 41 guerrilheiros foram executados a sangue frio, sendo todos decapitados”, Patinhas falou da necessidade da abertura dos arquivos do militares, pois para ele “o Araguaia ainda está para ser desvendado, mesmo com as declarações de Curió os arquivos militares não foram abertos e agora que conseguimos resgatar o segundo corpo”, falou referindo-se ao corpo do cearense Bérgson Gurjão que teve seus restos mortais identificados recentemente pela SEDH do Governo Federal.

Abertas as inscrições, vários jovens aproveitaram para fazer suas intervenções e perguntas, questionando Patinhas desde as condições dos guerrilheiros na mata, até os critérios que o partido usou no recrutamento dos guerrilheiros. Terminadas as intervenções a palavra foi passada novamente ao Patinhas, que respondeu os questionamentos, citou os outros cearenses que tombaram no Araguaia e finalizou falando da responsabilidade que os jovens de hoje tem com o futuro do Brasil, pois para ele, “a UJS segue erguendo a bandeira levantada por aqueles jovens guerrilheiros do Araguaia, a bandeira da liberdade, da justiça, do Socialismo!”

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