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Desaceleração do PIB reduz ritmo de geração de emprego em janeiro  


Em janeiro foram gerados 118,8 mil empregos formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Embora expressivo, o número é 21,8% menor que o resultado registrado em igual mês de 2011. O ano de 2011 terminou com um saldo de 1,94 milhão de novas vagas, resultado considerado muito bom, embora abaixo da meta do governo, que apostava na criação de 2,4 milhões de novos postos de trabalho.

Na indústria, o volume de empregos gerados em janeiro foi de 37,4 mil, número 29,5% inferior na mesma comparação. No comércio, o saldo foi negativo em 36,3 mil demissões, movimento que é sazonal, mas representou o dobro de vagas fechadas em relação a janeiro do ano passado, quando o saldo foi negativo em 18 mil empregos.

Rotatividade

Os números do Caged, divulgados nesta quinta-feira, 23, pelo Ministério do Trabalho, apontam que, no mês passado, houve 1.711.490 admissões e 1.592.595 desligamentos, movimento que reflete a alta rotatividade do trabalho no país. O resultado de janeiro deste ano é o mais baixo para o mês desde 2009, quando houve 101.748 cortes de postos de trabalho, em função dos impactos da crise internacional no país.

Entre os setores pesquisados, o melhor resultado foi registrado no ramo de serviços (61.463), construção civil (42.199), indústria de transformação (37.462), agricultura (12.318) e serviços industriais de utilidade pública, com a criação de 974 vagas. Em outro sentido, comércio registrou demissão líquida de 36.345 postos, mesmo comportamento verificado no grupo administração pública, que perdeu 370 vagas em janeiro.

Desaceleração da economia

A redução do ritmo de emprego está associada à desaceleração da economia verificada desde o segundo semestre do ano passado. O PIB estagnou no terceiro trimestre. O resultado médio dos últimos três meses ainda não foi divulgado, mas não deve ficar muito longe de zero.

De acordo com estimativas do Banco Central, o país deve terminar o ano com um modesto avanço de 2,79% na produção. Diante do quadro internacional, não é um desempenho desastroso. Porém, fica bem atrás dos resultados obtidos pela China e Índia, que devem ter crescido em torno de 9,5% e 7,8% se as previsões feitas pelo FMI em setembro do ano passado não forem desmentidas pela realidade.

Política econômica

Não restam dúvidas de que um dos fatores que explicam a desaceleração da economia e consequente redução da geração de emprego é a política econômica conservadora do governo, fundada no tripé juros altos, superávit primário e câmbio flutuante. Assustado com a inflação, o governo Dilma iniciou o mandato capitulando à pressão do mercado financeiro. Elevou a meta de superávit primário e promoveu cinco rodadas de alta da taxa básica de juros (Selic), que saiu de 10,75% no início de janeiro para 12,50% em agosto.

No segundo semestre, diante do agravamento da crise, o Banco Central mudou a orientação monetária e deu início a uma política de redução de juros, que inicialmente foi recebida com fortes críticas pelos porta-vozes do mercado financeiro. Hoje, a Selic está em 10,5%, abaixo da taxa nominal herdada pelo atual governo. Porém, a política fiscal restritiva, com custosos superávits para pagar os juros da dívida eterna, foi radicalizada em relação ao governo anterior. Já o câmbio flutuante, que contribui para a valorização do real, virou dogma.

Fonte: Vermelho com agências

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