Ciro Gomes descarta aliança com Serra em 2010: "Não estou nem doido"
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) garantiu, na manhã desta segunda-feira, que não existe possibilidade de uma aproximação com o atual governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em uma suposta candidatura do tucano à corrida presidencial de 2010. Convidado a participar de um debate sobre a crise financeira internacional na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, em Fortaleza, Ciro afirmou que a impossibilidade é por um motivo "simples": a oposição ideológica entre os dois políticos.
"É tão grave a contradição entre o que eu penso e o que ele (Serra) faz e representa, que afirmo que eu estou ficando é velho, doido não", disse o deputado afirmando não fazer política por razões pessoais.
Ciro, que também é considerado como possível postulante à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assegurou não sentir arrependimento por ter abdicado de concorrer ao Palácio do Planalto para reforçar a reeleição do presidente Lula em 2006. Em seguida, classificou como "precipitada" a postura de representantes de outros partidos de já se auto-intitularem candidatos. Porém, Ciro admitiu o desejo de entrar na corrida do ano que vem.
"Estou disposto a ser candidato, mas só assumo na hora própria. Não é hora de lançar candidatura! O governo mal inteirou a metade do segundo mandato e entrou-se numa luta desagregadora. Não vou somar a minha palavra e aceitar esse equívoco, o que não quer dizer que a gente não seja obrigado a discutir o País", revelou.
Crise
No tocante ao momento de recessão mundial, o deputado rebateu as afirmações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que a crise no Brasil já apresenta sinais de melhora.
Conforme o parlamentar, a expectativa é de que o crescimento de 6% projetado anteriormente para o País não passe da casa dos 2%. "O Brasil só não quebrou dessa vez graças ao trabalho do presidente Lula no primeiro mandato. Mas todos os números que ele melhorou, nesse ano, vão piorar", afirmou.
Ciro argumentou que isso vai acontecer porque as contas brasileiras no exterior já apresentam déficit, os preços das commodities estão em queda, os juros chegaram a ser elevados pelo Banco Central (BC), o crédito tem estado em retração, além da regressão do nível de emprego e do aumento do subemprego.
"A crise tem todos os sinais de impactar o País esse ano. Há uma perda geral e só quem ganhou com isso foi a especulação financeira, que não dá um dia de serviço a ninguém", finalizou.
Fonte: Portal Terra
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