UNE repudia criminalização dos movimentos sociais e apóia MST
Entidade avalia que a tentativa de criminalização não se consolida, pois não comprova irregularidades
Nas últimas semanas, a mídia brasileira vem publicando reportagens na tentativa de criminalizar ações de entidades ligadas ao movimento social, e em especial ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em nota, a UNE reafirma seu apoio à entidade e repudia qualquer tentativa de descaracterizar a luta do movimento social. "Na última semana, importantes veículos de comunicação noticiaram um leque de matérias com o objetivo de criminalizar o MST. Entretanto, não conseguem demonstrar qualquer irregularidade em relação às referidas verbas públicas recebidas e tomam parte ao tratar sobre os casos de confronto no campo". Leia abaixo a íntegra do documento.
Nota de solidariedade ao MST
A UNE vem a público denunciar e repudiar a crescente criminalização dos movimentos sociais que vem sendo empreendida por veículos de comunicação do país e pelo presidente do STF, Gilmar Mendes.
Os veículos de comunicação são um espaço privilegiado do debate público e devem servir a este fim, veiculando as diversas opiniões existentes na sociedade acerca de temas de interesse público. Entretanto, algumas empresas de comunicação transformam seus noticiários em verdadeiros panfletos do conservadorismo, empreendendo veementes campanhas contra aqueles que ousam defender transformações sociais.
Na última semana, importantes veículos de comunicação noticiaram um leque de matérias com o objetivo de criminalizar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Entretanto, não conseguem demonstrar qualquer irregularidade em relação às referidas verbas públicas recebidas e tomam parte ao tratar sobre os casos de confronto no campo.
Os mesmos que criminalizam o MST se calam perante os massacres de camponeses – que continuam ocorrendo como outrora em Eldorado dos Carajás – e frente a realidade de trabalhadores que ousam lutar pela reforma agrária (que já ocorreu em todos os chamados países desenvolvidos do mundo) e acabam vitimados por fazendeiros e seus jagunços.
Como entidade marcada historicamente pela luta em defesa da democracia e da justiça social, repudiamos o papel vergonhoso empreendido por importante parcela da mídia nacional que busca criminalizar o MST e não cumpre seu papel por essência, de estimular um franco e aberto debate público acerca da necessidade da Reforma Agrária para o desenvolvimento do Brasil.
Fonte: União Nacional dos Estudantes
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