Multidão enfrenta fila da casa própria em Fortaleza

A prefeitura da cidade começou a cadastrar as famílias com renda de até três salários mínimos que querem participar do Programa Nacional de Habitação.

Uma multidão amanheceu na fila hoje em Fortaleza atrás do sonho da casa própria. A prefeitura da cidade começou a cadastrar as famílias com renda de até três salários mínimos que querem participar do Programa Nacional de Habitação. E esse procedimento vai ser repetido em todas as cidades do Brasil.

A fila é enorme e confusa! É tanta gente, que fica difícil saber onde ela começa e onde termina. As famílias que querem uma casa própria para morar começaram a chegar ontem à noite para conseguir uma senha!

“Cheguei ontem, às 21h. E só saio daqui quando eu conseguir”, diz homem. O atendimento começou às 8h30, mas a quantidade de pessoas na fila só aumenta. Houve um princípio de tumulto.

Em Fortaleza, serão construídos, pelo Programa Nacional de Habitação, 25 mil imóveis para a faixa de até três salários mínimos.

“Nós tínhamos o prazo de três anos para o cadastro, então as famílias fiquem tranqüilas, não é por ordem de chegada, mas pelo enquadramento da renda de zero a três salários nos municípios, nas prefeituras”, diz a presidente da Habitafor.

Famílias que queiram participar do Programa Nacional de Habitação e que tem renda de até três salários mínimos por mês devem ficar atentas ao calendário da sua cidade. Cada prefeitura vai definir uma data para o início do cadastramento.

O limite de renda para esta faixa é de R$ 1.395 por mês. A prestação máxima é de 10% desse valor. O pagamento será feito em dez anos. O candidato não pode ter casa própria nem financiamento habitacional. São necessários documento de identidade, CPF e comprovante de renda formal ou informal.

Dona Maria foi uma das primeiras a fazer o cadastramento. Aos 62 anos, a aposentada sonha com a casa própria. “Mesmo que seja simples, mas que seja minha. Eu não tenho assim ambição por coisa. Eu quero morar num cantinho que seja meu”, diz Maria.

Quem ganha de três a dez salários mínimos não deve procurar as prefeituras. Nesse caso, a orientação é ir direto a uma agência da Caixa Econômica Federal.

Fonte: Jornal Hoje