Blog UJS Ceará

O blog de política da juventude cearense!

Obrigatoriedade do diploma e liberdade de expressão  

*Por Ívina Carla

A luta do sindicato e dos estudantes não é fato novo e como atuante nessa batalha posso afirmar que encontra-se aliada à exigência de uma educação de qualidade, indo mais além, abrir as portas das universidades para os alunos de escolas públicas também. Inclusão social para formar os que não tiveram acesso a um direito de todos: a educação. Infelizmente os ataques são diversos, com inverdades na tentativa de distorcer uma conquista dos jornalistas.

É correto afirmar que a liberdade de expressão será limitada por causa do diploma, será mesmo? É notório que quem faz isso são as linhas editoriais dos jornais, os donos dos meios de comunicação que atropelam a constituição e com esse recurso no STF, caso seja aprovado, irão apontar quem será jornalista. Por isso os apelos das empresas de comunicação pela derrubada do diploma. Ou será que eles (empresários) estão preocupados com a liberdade de expressão?

Informação = bem público

Alguns questionamentos sobre a obrigatoriedade do diploma são comparados ao diploma de um médico. Será que, não conseguimos ver o poder que a informação tem de agendar, de direcionar a vida das pessoas? Por isso mesmo é que temos que defender o espaço plural da universidade, onde o individuo tenha a oportunidade de se formar e que possa de fato praticar a tão sonhada imparcialidade, nunca vista no Brasil. Devemos cuidar da informação como um bem de fato público. O diploma não é a salvação, mas se aproxima muito do objetivo de tratar a informação com responsabilidade.

Categoria em perigo

Sindicato: 4. Sociol. Agrupamento de uma classe para defesa dos seus interesses econômicos e sociais.

Com essa definição entra o meu questionamento: qual movimento social que estamos defendendo? Acredito que essa luta é também por dignidade, direitos, a verdade sobre a opressão que existe nos bastidores e que a imprensa não mostra. Onde se vê um ato do sindicato dos jornalistas nos meios de comunicação? Os que são tidos como contrapoder da sociedade, são perseguidos, impedidos de se organizarem, de exercerem a liberdade de expressão na defesa de seus direitos e ainda tem essa ameaça que irá esfacelar a categoria. A derrubada do diploma é um ataque feroz das classes dominantes.

Entregar a profissão de jornalista nas mãos de empresas de comunicação é atirar contra o próprio pé, é desmerecer uma conquista que foi fruto da luta. Deixar que a Rede Globo e outras formem os profissionais é não acreditar na responsabilidade social que a profissão tem. É entregar os nossos sonhos, porque acreditamos que uma boa informação contribui com o cidadão na sua formação de opinião. Devemos lutar para que os empresários respeitem a profissão e que o jornalista possa pôr em prática os seus conhecimentos em favor da sociedade.

Ívina Carla é estudante de Jornalismo da FaC e militante da UJS.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Seja o primeiro a comentar!

NORMAS DE USO DOS COMENTÁRIOS

Comentem as matérias, façam sugestões, elogios ou mesmo reclamações, troquem idéias, este é o lugar para opinar!

Os comentários não serão respondidos por email, só aqui mesmo; se quiser saber se alguém respondeu ao seu comentário, inscreva-se por email no Feed de comentários do artigo, ou então: VOLTE SEMPRE!

Obs.: Os comentários aqui exibidos não necessariamente refletem as opiniões do Blog.