Congresso da UNE é debatido na Unilab
Com a presença da delegada eleita Joana D’arc da Silva Feitosa, do curso de Agronomia, Ivo falou para os estudantes da Unilab sobre a importância e os objetivos do 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (CONUNE), marcado para Goiânia, de 13 a 17 deste mês. Estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará, ele pontuou questões relativas ao movimento estudantil no Ceará e à história e enfrentamentos da luta estudantil.Ao contextualizar o movimento estudantil no País, Ivo apresentou histórico, ressaltando a figura do líder estudantil e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) Honestino Guimarães, um dos muitos desaparecidos políticos da ditadura militar, cujo corpo até hoje não foi localizado. Lembrou que o primeiro relato de uma ação organizada dos estudantes brasileiros ocorreu no século XVIII, quando o exército francês invadiu o Rio de Janeiro e foi expulso pelos seminaristas.
Destaca que a UNE nasceu em 1937, fazendo oposição à ditadura varguista do Estado Novo e mantém erguida, nos anos seguintes, uma frente nacional de estudantes contra o nazifacismo, crescente no período da Segunda Grande Guerra. De 1969 até a anistia em 1979, o movimento estudantil sofre perdas, mas resiste à ditadura militar, com gigantescas passeatas, pelo fim do regime militar.
Entre os fatos históricos, Ivo ressaltou a atuação do militante e estudante cearense Bergson Gurjão, também vítima do regime militar que, após 27 anos desaparecido, teve os restos mortais identificados e a família pode, finalmente, enterrá-lo. A participação da UNE na campanha pelas “Diretas, já!”, em 1984; e nos anos 90, o “Fora Collor”, resistência ao neoliberalismo. Por último, foi aberto o debate para troca de experiências, perguntas e dúvidas dos estudantes, relacionados ao movimento estudantil.
Outras informações sobre o CONUNE.